região metropolitana de campinas

Arrecadação de impostos pode chegar a R$ 4,5 bi

Valor é 8,23% maior que o apurado em 2018, segundo impostômetro

Francisco Lima Neto
cidades@rac.com.br
15/02/2019 às 21:04.
Atualizado em 05/04/2022 às 00:10

As cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC) devem arrecadar mais de R$ 4,5 bilhões em impostos neste ano. O valor é 8,23% maior que o apurado em 2018, quando atingiu R$ 4,1 bilhões. A projeção é do impostômetro, mantido pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Esses dados do impostômetro levam em consideração o Imposto Predial, Territorial e Urbano (IPTU), Imposto Sobre Serviços (ISS), Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), taxas e outros tributos municipais. Em todo o ano passado, a RMC arrecadou R$ 4.190.353.905,61 bilhões. Para este ano, a projeção é de que a arrecadação de impostos atinja R$ 4.535.561.567,33. Representando alta de 8,23%. O município que mais deve ter crescimento na arrecadação de impostos é Jaguariúna, com 9,29%, seguido por Holambra, com 9,27%, e Engenheiro Coelho, com alta de 8,49%. Campinas deve ter aumento de 6,62% de arrecadação, atingindo R$ 2,2 bilhões. O professor de Economia da Facamp, José Augusto Ruas, explica que os dados do impostômetro são sempre projetados e não o dado real. “A projeção é de um crescimento na economia que suscitará esse valor de taxa maior. Não significa que a economia vai crescer 8%. Significa que ela deve crescer em setores mais formalizados ou onde a carga tributária da região seja mais importante”, explica. Ruas lembra que na região, a Indústria, os Serviços e o Comércio têm grande peso na economia e na arrecadação de impostos. No entanto, segundo ele, é difícil projetar esses dados. “Este ano indica que será melhor que o ano passado, mas isso é apenas um indicativo baseado numa análise cíclica. É uma projeção que leva em conta uma expectativa de que essa economia formal vá crescer bastante. Ela tem a tendência, neste ano, de ser melhor do que no ano passado", aponta. O economista ressalta que a concretização dessa projeção depende de vários fatores. “Inclusive a questão política, que neste momento indica uma desorganização bastante grande do governo e uma incapacidade de conduzir um crescimento como poderia ser. Olhando para janeiro, parece-me que o crescimento não deve ser tão grande e o aumento dos impostos também não deve ser grande. Acho que chegaria no máximo a 5%, mas é um chute, como todo economista faz no começo do ano", conclui. Retorno De acordo com estudo mais recente do Índice de Retorno de Bem-Estar à Sociedade (Irbes), do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), publicado em 2015, com base em 2013, entre os 30 países com as maiores cargas tributárias do mundo, o Brasil continua sendo o que proporciona o pior retorno dos valores arrecadados em prol do bem estar da sociedade. “O Brasil, com arrecadação altíssima e péssimo retorno desses valores, fica atrás, inclusive, de países da América do Sul, como Uruguai e Argentina”, traz trecho da publicação. O estudo leva em conta a carga tributária, o Produto Interno Bruto (PIB) e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). De acordo com o levantamento, os países em que os impostos trazem mais bem estar à sociedade são: Austrália, Coreia do Sul, Estados Unidos, Suíça, Irlanda, Japão, Canadá e Nova Zelândia. O Brasil fica no último lugar.  

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