MAIS AUMENTO CHEGANDO

Ares-PCJ reajusta tarifas de água e esgoto em até 50%

Embora a Sanasa ainda não tenha sido notificada, Dário Saadi tem preparado medidas para garantir que impacto na conta dos campineiros seja o menor possível

Do Correio Popular
22/12/2022 às 09:25.
Atualizado em 22/12/2022 às 09:25
Estação de tratamento da Sanasa: meta da empresa é atingir a universalização do esgoto tratado (Ricardo Lima)

Estação de tratamento da Sanasa: meta da empresa é atingir a universalização do esgoto tratado (Ricardo Lima)

A agência reguladora dos Serviços de Saneamento das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Ares-PCJ) anunciou os reajustes nas tarifas de água e esgoto para diversas cidades da sua área de atuação. Na maioria dos municípios, o susto do consumidor foi grande, visto que há casos em que o aumento atinge 50%, como é o caso de Santo Antônio da Posse. Esse reajuste supera, de longe, a inflação prevista para 2022, como a do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), próxima de 7%.

Ribeirão Preto é outro exemplo de alta muito acima da inflação: as tarifas de água e esgoto da cidade foram majoradas em 29,31% em agosto deste ano. Os aumentos mais salgados se devem ao fato de a pandemia ter afetado duramente o setor de saneamento brasileiro, com queda de receitas e aumento de despesas, especialmente dos produtos químicos cotados em dólar.

O quadro, nesta página, mostra os reajustes concedidos até o momento pela Ares-PCJ.

O Correio Popular consultou a Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa), de Campinas, mas a empresa informou que, como cada companhia realiza o reajuste em data própria, ainda não recebeu a sinalização por parte da agência nesse sentido.

Fontes ouvidas pelo Correio na Prefeitura, entretanto, informaram que o prefeito Dário Saadi teria determinado que a empresa utilizasse seu lucro para garantir os pesados investimentos necessários para atingir a meta de universalização do esgoto, abrindo mão da remessa que a Sanasa faz todos os anos à municipalidade visando a diminuir o impacto da tarifa sem comprometer o equilíbrio da empresa. Segundo as mesmas fontes, o reajuste para a Sanasa seria de 13%, caso o prefeito não atuasse dessa forma.

Aumentos recentes que afetam os contribuintes

O primeiro reajuste de tarifa divulgado, na semana passada, foi o dos pedágios, anunciado pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp). A alta de até 11,73% já está em vigor.

Para o campineiro ir e voltar de São Paulo, tanto pela Bandeirantes quanto pela Anhanguera, o novo valor dos pedágios passou para R$ 47. A energia também não escapou.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou um reajuste médio de 10% nas tarifas de energia da CPFL a partir de janeiro. Para quem tem carro, fique atento: o IPVA 2023 estará 10,7% mais caro a partir de janeiro.

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