Sanasa fecha 2023 com o maior volume de investimentos de sua história; além da substituição de 450 km de redes de água antigas até 2024 e de 39 km de novas subadutoras, 20 novos reservatórios estão sendo espalhados pela cidade para elevar a segurança hídrica de Campinas (Alessandro Torres)
A agência reguladora dos serviços de água e esgoto de Campinas (ARES-PCJ) definiu o reajuste na tarifa praticada pela Sociedade de Abastecimento de Água S/A (Sanasa) de Campinas a ser aplicado a partir de fevereiro de 2024. O reajuste tarifário de 4,84% foi homologado por unanimidade pelo Conselho de Regulação e Controle Social da agência.
Segundo nota divulgada pela assessoria de imprensa da empresa de economia mista, o reajuste, programado para o ano que vem, se refere ao período de 12 meses compreendido entre outubro de 2022 e setembro de 2023. Nesse período, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), foi de 5,19%. Segundo os estudos da agência, esse índice reflete os custos da operação da água e saneamento em Campinas durante os 12 meses.
“O reajuste abaixo da inflação leva em conta o esforço da empresa na contenção de custos e um ambiente econômico mais favorável, com menor variação cambial e menor impacto no custo de combustíveis”, explica o presidente da Sanasa, Manuelito Magalhães Júnior.
O índice de reajuste também foi bem menor que o concedido pela agência reguladora ARES-PCJ em muitas outras cidades que fazem parte da sua área de atuação. Em Piracicaba, por exemplo, o reajuste de 12,95% está em vigor desde agosto deste ano, enquanto Araras teve sua tarifa aumentada em 19,5% em outubro. Já em Rio Claro a adequação atingiu 7,14% em novembro, assim como Salto teve sua tarifa reajustada em 10,66%. Por fim, Louveira aumentou sua tarifa em 10% neste mês de dezembro.
INVESTIMENTOS
De acordo com a assessoria de imprensa da Sanasa, a empresa fecha 2023 com o maior volume de investimentos dos seus quase 50 anos de história. “Única empresa municipal de saneamento com o chamado ‘grau de investimento’ pela agência de classificação de risco Fitch Ratings, a empresa vem realizando investimentos na implantação do Plano Campinas 2030”, cita a nota.
Entre as benfeitorias estão a substituição de redes de água antigas em diversos bairros, num total de 450 quilômetros até 2024, utilizando agora tubulações de poliuretano de alta densidade, material com durabilidade superior a 60 anos, o que vai diminuir os vazamentos e melhorar a pressão de água nas residências. Até dezembro deste ano, pouco mais de 350 quilômetros já foram trocados e as obras seguem dentro do cronograma.
Ainda no programa são 39 quilômetros de novas subadutoras – para ampliar a distribuição e levar água para diversos bairros da região norte da cidade, além de melhorar a flexibilidade de todo o sistema adutor da cidade. É o caso da subadutora PUCC e da subadutora Gargantilha – Monte Belo – Bananal.
Vinte novos reservatórios espalhados pela cidade acrescentarão 54 milhões de litros de água tratada armazenada aos atuais 142 milhões existentes. Esse acréscimo de água armazenada elevará a autonomia da cidade para 20 horas de reservação, ou seja, caso as captações sofram alguma paralisação em função de falta de energia, excesso de detritos ou agentes poluentes nos rios, a água armazenada nos reservatórios será suficiente para abastecer o consumo enquanto a situação se normaliza, algo que é considerado importante para a segurança hídrica de Campinas.
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