VERA CRUZ

Após mortes, clínica de ressonância assina TAC

Pacientes morreram porque receberem substância letal por engano durante exame de ressonância

Agência Anhanguera de Notícias
correiopontocom@rac.com.br
05/11/2013 às 15:54.
Atualizado em 26/04/2022 às 10:46

A clínica Ressonância Magnética Campinas (RMC), que presta serviço de exames dentro do Hospital Vera Cruz de Campinas comprometeu-se a capacitar os funcionários dela e a identificar os frascos das substâncias que utiliza. Três pacientes morreram em janeiro porque receberem, por engano, uma substância letal durante ressonâncias magnéticas – segundo o inquérito policial que investigou o caso. Perfluorocarbono foi injetado nas vítimas por uma funcionária que se enganou, porque o recipiente da substância fatal não estava identificado. A clínica firmou o compromisso nesta terça-feira (6) com a assinatura de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho (MPT). No TAC consta mais de 80 itens que a RMC terá que cumprir, sobre pena de ser multada em R$ 20 mil por medida descumprida que atinja o conjunto dos trabalhadores e R$ 15 mil em casos individuais.Entre as cláusulas discutidas com o Sindicato da Saúde de Campinas e Região encontram-se sobre o armazenamento e transporte de substâncias e resíduos; treinamento para que funcionários manuseiem os frascos corretamente; limpeza e conservação do ambiente de trabalho; manutenção de máquinas e equipamentos; e o uso de equipamentos de proteção individual (IPI).Polícia O inquérito da Polícia Civil concluiu que a substância que matou os três pacientes estava guardada sem identificação em fracos reutilizados de soro. Por esse motivo, a funcionária que aplicou o perfluorocarbono foi induzida ao erro, aplicando o produto fatal ao invés do soro. Em maio, tornaram-se réus do processo três empregados da clínica e mais quatro médicos, que são sócios dela (Adilson Prando, José Luiz Cury Marins, Marcos Marins e Patrícia Prando Cardia). Os sete responderão por homicídio culposo - quando não há intenção de matar. De acordo com o delegado titular do 1º Distrito Policial (DP), José Carlos Fernandes, a funcionária que cometeu o equívoco assumiu a responsabilidade dela. Já os sócios da RMC, embora suspeitassem que a substância fosse a causa dos óbitos, não comunicaram a polícia sobre o fato. Veja também Saúde libera ressonância com contraste no Vera Cruz Uso da substância estava suspensa desde a morte de três pacientes em janeiro deste ano na cidade Ressonância magnética: Justiça aceita denúncia Suspeitos pela morte de 3 pacientes são acusados por homicídio culposo e fraude processual MP denúncia sete pelas mortes após ressonância Além dos médicos sócios da clínica, 2 auxiliares e enfermeira foram incluídos Pai recebe conta do exame que matou o filho O valor total da fatura cobrada pela Ressonância Magnética Campinas é de R$ 1.055,68 Clínica de ressonância é multada pela Prefeitura Nesta sexta-feira, dois médicos da empresa prestaram depoimentos Após mortes em Campinas, pacientes evitam ressonância A informação é do médico radiologista Conrado Cavalcanti, conselheiro técnico da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica

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