As rebeliões que atingiram presídios do Estado de São Paulo estão controladas, de acordo com o governo paulista. O motim que ainda tomava o presídio de Tremembé , na manhã de ontem, foi controlado após ação do Grupo de Intervenção Rápida (GIR), subordinada à pasta. A juíza Sueli Zeraick, da Vara de Execuções Criminais de Taubaté, acompanhou as negociações. Parte da penitenciária foi destruída. Ainda não há um cálculo dos prejuízos causados pelos detentos e o governo estuda como será feita a segurança no local. No começo da tarde ontem, a SAP atualizou os números. De acordo com a pasta, 1.375 presos fugiram e 586 foram recapturados. Em Tremembé, 218 fugiram e 108 já foram recapturados pela Polícia Militar. Mongaguá teve 563 fugitivos, sendo 197 recapturados. Em Porto Feliz, 594 presos fugiram, 281 já foram recapturados. Em nota, a Polícia Militar no Vale do Paraíba, onde está o presídio de Tremembé, informou que intensificou o patrulhamento na região do centro de detenção com o objetivo de identificar e recolher os foragidos e também pede ajuda da população, que pode informar a localização de foragidos eploo telefone de emergência 190 e pelo Disque Denúncias 181. "Foi uma movimentação grave em termos do que eles causaram à penitenciária", comentou o promotor Luiz Marcelo Negrini, que acompanhou toda a negociação dentro do presídio em Tremembé. Os setores de enfermaria, rouparia e educação foram totalmente destruídos, segundo o promotor. Após apuração, presos envolvidos na rebelião serão transferidos. Atualmente o Pemano, como é conhecido, tem capacidade para 2.672 detentos e a população carcerária no local é de 3.006 presos. Por volta de 10h, os detentos foram reconduzidos aos pavilhões. Até o início da tarde de ontem, a Polícia Militar continuava a vasculhar toda a área de mata vizinha ao presídio na busca por mais fugitivos. Judicial Em três dos quatro presídios onde aconteceram as rebeliões há presença de integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). O Tribunal de Justiça divulgou nesta segunda que a Corregedoria-geral da Justiça, a pedido da SAP, suspendeu a saída temporária que estava prevista para os próximos dias. A Corte disse em nota que a decisão levou em consideração "a grave crise da saúde pública enfrentada pelos órgãos de gestão e população em geral quanto à disseminação do novo coronavírus".