PREVENÇÃO

Após caso de Influenza Aviária no RS, Defesa Agropecuária visita granjas de Artur Nogueira

Ação preventiva não identificou sintomas da doença no município; órgão tem rastreado todas as cargas de aves vivas e ovos férteis que chegaram do Rio Grande do Sul nos últimos 20 dias

Eliane Santos/[email protected]
22/05/2025 às 12:47.
Atualizado em 22/05/2025 às 14:23
A gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne nem de ovos; risco de infecção em humanos é baixo (Secretaria de Agricultura e Abastecimento)

A gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne nem de ovos; risco de infecção em humanos é baixo (Secretaria de Agricultura e Abastecimento)

Granjas do município de Artur Nogueira, na Região Metropolitana de Campinas (RMC), foram vistoriadas de forma preventiva na última segunda-feira pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), órgão da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (SAA). A ação é consequência da confirmação do primeiro caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em avicultura comercial no país, no último dia 16, no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul.

A fiscalização não identificou sintomas de gripe aviária nas granjas de Artur Nogueira, mas determinou o isolamento preventivo, por 14 dias, de animais recriados, além do monitoramento diário e intensificação da desinfecção dos locais. Em nota enviada ao Correio Popular, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária informou que parte da prevenção à IAAP é rastrear todas as cargas de aves vivas e ovos férteis vindas do Rio Grande do Sul para São Paulo nos últimos 20 dias.

“Foram realizadas fiscalizações em granjas de Artur Nogueira e Pirassununga, com vigilância ativa, orientação para incubação separada dos ovos, reforço na desinfecção e medidas restritivas”, citou em nota, acrescentando que o serviço veterinário oficial verificou ausência de mortalidade ou sintomas e que foram realizadas ações educativas.

Além de Artur Nogueira e Pirassununga, foram feitas ações em um incubatório no município de Tietê. “Importante salientar que as cargas fiscalizadas não tinham como origem nenhum dos municípios que estão dentro do raio de 30 km do município onde ocorreu o foco”, explicou Paulo Blandino, médico-veterinário e gerente do Programa Estadual de Sanidade Avícola (PESA).

“As fiscalizações são parte dos esforços da Defesa Agropecuária, que desde 2023, ano em que São Paulo registrou o primeiro caso da doença em ave silvestre, vem intensificando as ações de vigilância ativa e inspeção clínica em animais. Do início de 2024 até o presente momento, foram realizadas 3.305 ações de vigilância ativa em todo o território paulista, com atenção especial ao litoral”, acrescentou a nota divulgada pelo Estado.

No último mês, a partir da reciclagem que está em andamento em São Paulo para médicos veterinários privados habilitados/cadastrados, a Defesa Agropecuária reforçou junto aos profissionais as medidas de biosseguridade que devem ser verificadas em granjas de produção, além de apresentar o plano de contingência do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) que está em vigor. Mais de 200 profissionais participaram das atividades.

Acrescido a isso, passará a ser obrigatório e verificado a partir do mês de junho, em fiscalizações em granjas de produção, a implementação de um plano de contingência para IAAP e Doença de NewCastle, além de capacitação constante de colaboradores e funcionários acerca dos temas.

Por ser uma zoonose, trabalhos de educação também vêm sendo desenvolvidos junto com outras instituições como Secretaria da Saúde e Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, projetos de monitoramentos de praias (PMP), prefeituras municipais e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária, a doença não é transmitida pelo consumo de carne nem de ovos. “A população brasileira e mundial pode se manter tranquila em relação à segurança dos produtos inspecionados, não havendo qualquer restrição ao seu consumo. O risco de infecções em humanos pelo vírus da gripe aviária é baixo e, em sua maioria, ocorre entre tratadores ou profissionais com contato intenso com aves infectadas (vivas ou mortas).”

*Com informação da Agência Brasil.

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