Volume operacional do reservatório aumenta, mas é considerado faixa de alerta
Vento atingiu 55 km/h, causando queda de parte do alambrado do Centro de Educacional Irmã Joana Kallajian, na Vila Padre Anchieta (Gustavo Tilio)
As chuvas das últimas semanas ajudaram a elevar o nível do Sistema Cantareira, principal fonte para abastecimento de água de 19 cidades da região de Campinas, mas o reservatório ainda está abaixo do período pré-crise, quando era de 40%. em setembro de 2013.
As represas que formam o manancial operavam na segunda-feira (10) com 32,7% da capacidade, ainda na faixa de alerta, de acordo com o relatório divulgado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). No dia 10 de outubro do ano passado, o volume operacional do sistema foi de 28,8%.
A elevação do nível se deu principalmente devido às chuvas do mês passado, com precipitação acumulada de 126 milímetros, 53% acima da média histórica para o mês (82 mm), aponta o Departamento de Águas e Energia do Estado de São Paulo (DAEE).
Porém, o acumulado no período de seca, que vai de abril a setembro, nas sub-bacias que formam o Cantareira foi de 278 mm, o que corresponde a 75% da média histórica para o período, que é de 372 mm.
De acordo com a Sabesp, as represas que formam o Sistema Cantareira têm o menor volume de água armazenada entre os sete sistemas produtores no Estado de São Paulo. O maior é o do Rio Grande, que chega a 95,1%.
No mês passado, o Sistema Cantareira liberou 10,5m³ por segundo, em média, para as Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Região do PCJ).
Domingo
A forte chuva deste domingo em Campinas registrou o acumulado de 31 mm no Distrito de Barão Geraldo, volume maior do que o total verificado entre os dias 1° e 8 deste mês, que foi de 24,4 mm, de acordo com relatório do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Em um único dia, também choveu o equivalente a 21,77% da média registrada na cidade entre os anos de 1990 e 2021, que foi de 112,2 mm.
No domingo, o vento chegou a 55 km/h no Campo dos Amarais e a chuva provocou dez ocorrências no município, sendo cinco quedas de árvores, um poste, dois alagamentos de residências e gerou risco de queda de um muro e um poste, segundo o relatório divulgado na segunda-feira (10) pela Defesa Civil de Campinas.
Porém, o diretor do órgão e coordenador regional, Sidnei Furtado, afirmou que os incidentes foram considerados leves e não deixaram feridos.
As quedas de árvores ocorreram no Residencial Cândido Ferreira (no Distrito de Sousas), na Vila Padre Anchieta, onde chegou a cair granizo, na Cidade Universitária e na Vila San Martin. Na Vila Padre Anchieta, a queda destruiu parte do alambrado do Centro de Educacional Integrado (CEI) Irmã Joana Kallajian.
Já a queda de um poste ocorreu na Rua Visconde do Rio Claro, no bairro Cidade Universitária.
Com as chuvas, duas casas tiveram alagamentos na Vila Boa Vista e. de acordo com Sidnei Furtado, isso foi causado por problemas de entupimento de calhas e ralos das residências.
Para o diretor da Defesa Civil, apesar de forte, a chuva deste domingo foi normal para a atual fase de transição de estação. A previsão é de risco de temporais até o final deste mês.
De acordo com o Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura da Unicamp, a previsão do tempo para hoje é de céu parcialmente nublado, com possibilidade de pancadas de chuva principalmente ao longo da madrugada e a partir do entardecer.
A tendência para amanhã é ainda de céu parcialmente nublado e não está descartada a ocorrência de pancadas de chuvas rápidas e isoladas.