eleições

Apatia marca clima de votação em Campinas

A rixa política entre eleitores de extremas direita e esquerda não chegou nem perto de refletir no que se viu ontem nas escolas de Campinas

Henrique Hein
08/10/2018 às 00:41.
Atualizado em 06/04/2022 às 16:55

A rixa política entre eleitores de extremas direita e esquerda não chegou nem perto de refletir no que se viu ontem nas escolas de Campinas durante a votação do primeiro turno das eleições. O clima foi de absoluta passividade entre os votantes das mais diversas regiões da cidade. Em todos os colegiados visitados pela reportagem do Correio Popular, a decepção política era nítida no olhar, na fala e também na postura física dos eleitores, que cabisbaixos (na sua grande maioria) votavam – um a um em seus preferidos. No Liceu Salesiano, no bairro Nossa Senhora Auxiliadora, diversas pessoas se reuniram no local logo no começo da manhã. A aposentada Claudineia Biancardi, de 64 anos, contou que aproveitou o domingo para sair de casa e votar junto com sua irmã mais velha Claudete, de 68 anos, e sua mãe Lurdes, de 88 anos. “A minha expectativa era para que tudo ocorresse bem, sem nenhum tipo de problema ou confusão. Felizmente está tudo calmo e isso é o mais importante: não haver brigas ou discussões por conta de divergências políticas. Isso sim é democracia”, afirmou. No Colégio Rio Branco, em Barão Geraldo, o administrador de empresas, Claudinei Silva, de 45 anos, contou que não anulou nenhum de seus votos. Segundo ele, a situação do Brasil é desanimadora e precisa urgentemente de reparos. “Hoje é uma oportunidade que nós como brasileiros temos de fazer a mudança da nossa história. Não basta apenas reclamar ou criticar, a gente tem que hoje fazer o nosso papel como cidadão e escolher bem os nossos candidatos”, afirmou. Já a estudante Isabel Vieira, de 20 anos, votou pela primeira vez em uma eleição de âmbito nacional. Ontem, ela esteve acompanhada de sua mãe Tatiana Vieira, de 56 anos, na Escola Estadual Professor Antônio Vilela Júnior, na Vila Industrial. “Nós jovens ainda temos um futuro longo pela frente e precisamos votar consciente para melhorar o País onde vivemos. Precisamos melhorar o acesso à educação e não deixar de olhar com carinho para a área da saúde. É o momento que temos como brasileiros de buscar coisas melhores tanto para gente como para o restante da população do Brasil”, ressaltou.

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