FISCALIZAÇÃO

Aparelho em blitz vai identificar o uso de drogas

Novo modelo é capaz de acusar se o motorista consumiu maconha ou cocaína antes de dirigir

Cecília Polycarpo Cabalho
cecilia.cebalho@rac.com.br
07/03/2013 às 09:32.
Atualizado em 26/04/2022 às 01:51
Campinas, Sumaré e Americana estão na lista das primeiras cidades do Interior que irão receber aparelho (Guilherme Lara Campos/Agência São Paulo)

Campinas, Sumaré e Americana estão na lista das primeiras cidades do Interior que irão receber aparelho (Guilherme Lara Campos/Agência São Paulo)

Campinas, Sumaré e Americana estão na lista das primeiras cidades do Interior que irão receber os equipamentos que identificam presença de drogas pela saliva nas blitze da Lei Seca. O anúncio foi feito pelo secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, durante reunião com os chefes da polícia de Piracicaba. No entanto, não foi estipulada uma data para o sistema ser implantado nos municípios.

O novo modelo de fiscalização é capaz de acusar se o motorista consumiu maconha ou cocaína antes de dirigir. Diferentemente do álcool, não é necessário aferir a quantidade de outras substâncias psicoativas no corpo para que o motorista seja indiciado por crime de trânsito. O programa-piloto foi testado na Capital durante o feriado de Carnaval. Além dos aparelhos que detectam entorpecentes, os policiais tiveram novos equipamentos para flagrar motoristas bêbados, como câmaras de vídeo. O teste é feito por meio de gotas de saliva do condutor que não apresentar consumo de álcool no etilômetro, mas que apresenta comportamento e características físicas de pessoas que fizeram uso de drogas. Em pouco minutos, o aparelho detecta se há indícios de maconha ou cocaína no organismo do condutor. No lugar de uma operação conduzida basicamente por policiais militares, as novas blitze terão também delegado e escrivão da Polícia Civil, peritos do Instituto de Criminalística e agentes do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e de seis secretarias de Estado. Serão, ao todo, 17 pessoas por operação. O esquema permite que o boletim de ocorrência seja efetuado no local — o condutor não precisa mais ir até a delegacia, somente em caso de flagrante de crime de trânsito. No entanto, assim como o bafômetro e o exame de sangue, o indivíduo não é obrigado por lei a fazer o teste. “Para o condutor, esse tipo de aparelho é um aliado, um direito que ele tem para provar que não está sob efeito de entorpecentes. Porque, com as mudanças na legislação, o policial tem o poder de dizer se o motorista está no seu estado normal ou não”, disse o porta-voz da Polícia Militar de Campinas, o major Marci Elber Resende. Para ele, qualquer aparato que feche o cerco contra o álcool no trânsito é bem-vindo. “Com o endurecimento da lei, que agora não tem tolerância a uma quantidade mínima de álcool, percebi que a atitude das pessoas já mudou. Tive essa percepção tanto nas blitze que realizamos quanto em roda de amigos, preocupados em deixar o carro em casa para sair”, afirmou o policial.

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