Agências bancárias, Prefeitura e Aeroporto Internacional de Viracopos foram alguns dos afetados pelo problema que atingiu o mundo todo
Somente em Viracopos foram 15 voos cancelados e mais 55 atrasados de chegada e 53 de partida, números que foram apurados pelo Aeroporto até as 18h de ontem (Rodrigo Zanotto)
Um apagão cibernético global afetou serviços na Região Metropolitana de Campinas (RMC) e no Brasil inteiro durante todo o dia de ontem. Em todos os estados foram registrados problemas em aplicativos de banco e agências bancárias, interrupção de serviços públicos, atrasos e cancelamentos de voos. Somente no Aeroporto Internacional de Viracopos foram 55 voos atrasados de chegada e 53 de partida até as 18h. Também foram registrados 7 voos cancelados de chegada e 8 voos de partida. A concessionária informou que a situação foi regularizada no fim da noite.
Já a Prefeitura de Campinas confirmou, em nota, que o apagão afetou o funcionamento de alguns computadores que possuem um tipo específico de antivírus (Falcon da marca CrowdStrike). “O Departamento de Informática (Deinfo) ainda avalia a extensão do problema e, em conjunto com a Informática dos Municípios Associados (IMA), está em contato com o fabricante para solucionar a questão. Importante ressaltar que os sistemas da Administração Municipal não foram atingidos”, afirmou em texto divulgado.
O incidente em todo o mundo é decorrente de uma atualização de conteúdo para computadores com o sistema operacional Windows, da Microsoft, relacionados ao sensor Falcon. Em consequência, o computador trava e aparece a chamada “tela azul da morte”, que indica que há problemas com o dispositivo. Houve registro de problemas operacionais no acesso a aplicativos dos bancos Bradesco e de sua marca digital Next, do Banco Pan e do Neon.
“A CrowdStrike está trabalhando ativamente com clientes afetados por um defeito encontrado em uma única atualização de conteúdo para hosts Windows. Os sistemas operacionais Mac e Linux não foram afetados”, explicou a empresa. "Este não é um incidente de segurança ou ataque cibernético. O problema foi identificado, isolado e uma correção foi implantada.”, declaro o CEO da CrowdStrike por meio das redes sociais.
George Kurtz sugeriu a seus clientes que acessem o portal de suporte da empresa para obter as atualizações mais recentes. “Recomendamos, ainda, que as organizações garantam a comunicação com os representantes da CrowdStrike por meio de canais oficiais. Nossa equipe está totalmente mobilizada para garantir a segurança e estabilidade dos clientes CrowdStrike”, acrescentou.
BRASIL E MUNDO
No Aeroporto Internacional de Brasília, administrado pela Inframerica, o impacto foi muito pequeno, restrito a voos da Azul. Até as 11 horas de hoje, cinco voos da empresa decolaram com atraso. Outros três ainda se encontravam atrasados. Todos da Azul. Diante da falha no sistema, o check-in foi feito de forma manual enquanto o sistema esteve fora do ar. “Outras companhias não reportaram impacto”, informou a Inframerica.
No Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, ocorreram alguns problemas devido à intermitência no sistema de check-in. Com as empresas passando a fazer o procedimento manualmente, não houve maiores impactos, segundo a Infraero, administradora do aeroporto. Aeroportos em todo o mundo, incluindo Tóquio, Amsterdã, Berlim e vários terminais espanhóis, relataram problemas em seus sistemas e atrasos. A American Airlines, a Delta Airlines, a United Airlines e a Allegiant Air suspenderam seus voos alegando problemas de comunicação.
A Ryanair, maior companhia aérea da Europa em número de passageiros, também alertou sobre problemas em seus sistemas de reserva. No Reino Unido, os sistemas de reservas usados pelos médicos estavam fora do ar, segundo vários relatórios de autoridades médicas no X, antigo twitter, enquanto a Sky News, uma das principais emissoras de notícias do país, estava fora do ar e pediu desculpas por não poder transmitir ao vivo. (com Agência Brasil)
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