Lago do Café

Antiga sesmaria dá lugar a centro multicultural

Área produtora que abastecia os tropeiros abriga o Lago do Café

Agência Anhanguera de Notícias
13/07/2019 às 23:01.
Atualizado em 30/03/2022 às 19:33

A área do Lago do Café é remanescente da antiga sesmaria do Sr. Francisco Barreto Leme, fundador oficial da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Campinas do Mato Grosso, em 1774, origem da cidade. Como sesmaria, esta área foi produtora e fornecedora de milho, feijão, cana-de-açúcar e aguardente aos tropeiros que seguiam pela Estrada dos Goiás rumo às minas de ouro de Goiás e de Mato Grosso. No final do século XVIII, essas terras se voltariam para a produção de açúcar e, em meados do século XIX, para a produção de café, integrando-se a então Fazenda Taquaral para um processo produtivo que em pouco tempo transformaria toda a história do Estado de São Paulo. Já na década de 1940, a crise cafeeira levaria a incorporação de parte da Fazenda Taquaral ao poder da União, e, mais particularmente, ao Instituto Brasileiro do Café (IBC), permanecendo estas terras por cerca de 50 anos com a função de pesquisas agrícolas. No início da década de 1990, a extinção do IBC permitiu um novo repasse, na forma de doação (inicialmente em regime de comodato e posteriormente em caráter definitivo) para o Poder Público Municipal, sendo constituído em 1992 o Lago do Café como um dos espaços de lazer da cidade. Recentemente, o local ganhou um centro multicultural com a inauguração da Casa de Vidro, prédio de 1,5 mil metros quadrados construído em 1971. Com arquitetura imponente em concreto e vidro, e cercada por espelho d’água, a construção histórica foi recuperada em 2017 pela mostra Campinas Decor. O espaço abriga exposições temporárias de arte, além do acervo do Museu da Cidade e terá também espaço para palestras.

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