Anticiclone traz frio intenso e ventos fortes de até 60 km/h na região de Campinas

Um fenômeno meteorológico chamado anticiclone pós-frontal voltou a derrubar as temperaturas na Região Metropolitana de Campinas (RMC) e vai trazer ventos de até 60 km/h nos próximos dias. Não há mais indicativos de chuvas para este mês, que são esperadas somente para setembro, mas mesmo assim, agosto de 2022 já superou a média histórica esperada para estes 30 dias.

De acordo com o Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), essa mudança no tempo já era esperada desde a semana passada e é por conta da uma passagem de uma frente fria vinda do litoral. Desde o final da tarde de domingo, a mudança de tempo começou com ventos fortes já na região. 

Os dias seguem sob predomínio de céu nublado, com períodos de sol entre nuvens e temperaturas oscilando. Os ventos seguem fortes, baixando a sensação térmica, mas períodos mais prolongados de entrada de sol permitem que as temperaturas subam um pouco mais à tarde.

"Com isso, a previsão é de que o frio se intensifique com mínimas entre 10ºC e 11ºC e máximas, de 17ºC a 22ºC. Já a partir de quarta-feira, as temperaturas devem voltar a subir, ao menos durante o dia", afirmou o meteorologista do Cepagri, Bruno Bayne.

A aposentada Clarice Dias, de 62 anos, contou que teve que sair de casa de surpresa nesta segunda-feira para resolver uma pendência que tinha junto ao banco. Mesmo assim, ela pensou que a ventania poderia continuar e achou melhor sair de casaco de casa. "Desde ontem [DOMINGO]está ventando bastante, então quando eu sai de casa já coloquei uma blusa no corpo e outra dentro da bolsa, porque vai que o frio aumentava", disse.

De acordo com o Cepagri, as chuvas mesmo devem retornar à RMC a partir do 5 de setembro, quando uma nova frente fria aporta nas cidades da região. Até agora, por outro lado, agosto já contabilizou 27,4 milímetros (mm), enquanto que a média para este mês é de 25,2 mm. O estudante Thiago Costa, de 31 anos, disse que sente frio normalmente, então qualquer mudança de tempo o faz colocar mais de uma blusa. "É muito difícil não colocar uma blusa sempre na mochila. Quando está ventando assim, como hoje, além da blusa que saio de casa, ainda coloco outra na mochila para garantir", disse. 

Desde 1º de maio, a Secretaria de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos de Campinas, mantém a Operação Inverno, serviço de acolhimento a pessoas em situação de rua no município por meio do SOS Rua. A Operação Inverno se estende até o dia 30 de setembro. Desde que começou, já foram registrados 6.791 atendimentos, foram distribuídos 11.713 cobertores e realizados 1.331 encaminhamentos ao abrigo municipal.

Durante a Operação Inverno, o período de acolhimento do serviço SOS Rua passa a ser das 8h à 0h. O objetivo é acolher essas pessoas e, se elas aceitarem, as encaminhar aos serviços da rede de proteção, de assistência social e de saúde do município. O SOS Rua conta com equipe multidisciplinar composta por assistentes sociais, psicólogos e educadores que atuam diretamente nas ruas.