cultura japonesa

AnimeFest reúne 6 mil no Liceu

De acordo com integrantes da comissão organizadora, mais de 20 atividades foram disponibilizadas, dentre elas palestras, apresentações musicais, concursos de Cosplay (fantasias), concurso de Animekê (karaokê temático), torneios de videogames, card games, feira de produtos, além de uma praça de alimentação

Henrique Hein
16/04/2018 às 10:56.
Atualizado em 23/04/2022 às 15:47
Dueto Cosplay caprichou no visual (Dominique Torquato)

Dueto Cosplay caprichou no visual (Dominique Torquato)

Ao menos 6 mil pessoas marcaram presença ontem na 19ª edição do Campinas AnimeFest. O evento, que é anual, foi realizado no Colégio Liceu Nossa Senhora Auxiliadora, no bairro do Guanabara, e teve como objetivo reunir os fãs da cultura japonesa — animes, mangás, histórias em quadrinhos, games, RPG e músicas no estilo K-Pop. De acordo com integrantes da comissão organizadora, mais de 20 atividades foram disponibilizadas, dentre elas palestras, apresentações musicais, concursos de Cosplay (fantasias), concurso de Animekê (karaokê temático), torneios de videogames, card games, feira de produtos, além de uma praça de alimentação. A estudante Flora Mariotti, de 18 anos, se produziu a caráter. Ela conta que desde pequena é fã das animações japonesas e que para este ano decidiu ir fantasiada da personagem Emilia, do anime Re: Zero. “Eu gosto da cultura japonesa desde os meus cinco anos de idade. Para mim, um dia como hoje representa uma forma de liberdade, porque não é em todo lugar que você pode colocar uma roupa que nem esta e ser vista normalmente. Hoje, de certa forma, é um dia para gente expressar um pouco de nós mesmos”, conta a estudante. Os animes japoneses fizeram a cabeça de pelo menos duas gerações de brasileiros nascidos nas décadas de 80 e 90, com animações como AstroBoy, Cavaleiros do Zodíaco, Dragon Ball e Pokémon. Entre os animes que abriram as portas para a popularidade do estilo no Brasil há, além dos citados, os clássicos como: Yu Yu Hakusho, Sailor Moon, Fly, Super Campeões e muitos outros. Apesar disso, Flora acredita que mesmo com o sucesso cada vez maior da categoria, o preconceito com os fãs da modalidade continua grande. “Tudo que foge um pouco do comum, vira motivo de um olhar mais torto, digamos assim, por parte das pessoas. Não só eu, mas quase todo mundo que está aqui hoje já sofreu com julgamentos e tem um pouco de medo de falar que gosta. Mas acho que no fim das contas, o importante é não dar bola mesmo”, disse a estudante. A professora de inglês, Nathalí Almeida, de 20 anos, contou que começou a se interessar pela cultura japonesa e pelos animes graças à influência dos seus tios. “Eu cresci numa época em que eles (animes) passavam toda hora na TV aberta. Meus tios gostavam muito e, querendo ou não, eu acabei indo na onda deles” , disse a professora, que afirmou frequentar a festividade desde a segunda edição. “O que eu percebo é que houve uma popularização muito grande do evento, com uma divulgação cada vez maior e com pessoas participando mais também”, ressaltou. Já o atendente Igor Santos de Vasconcellos, de 20 anos, disse que o evento fica melhor a cada ano que se passa. Segundo ele, as pessoas deveriam um dia conhecer a festividade. “Já tem uns dois anos que eu venho no AnimeFest. O que eu percebo é que as edições estão ficando uma melhor que a outra. Eu gosto de vir pelo ambiente e pelas feiras que o pessoal da organização do evento sempre monta para gente. Quem ainda não veio, tem que conhecer tudo isso um dia”, opinou. Campinas AnimeFest Anualmente, o Campinas AnimeFest é organizado pela empresa Avalon Eventos, que também realiza as festividades em outras seis cidades do Interior paulista. A primeira das confraternizações foi criada no ano 2000, em Americana, com o nome de EuAnimeRPG (EAR). Depois disso, a empresa optou por expandir o seu número de eventos pelo Interior paulista e, além de Campinas e Americana, atualmente, eles ocorrem em Limeira; Piracicaba; Ribeirão Preto e Jundiaí.

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