Animais de estimação pegam estrada no Estado

Cachorro e gato também saem de férias. De acordo com dados da Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), os pets podem ocupar até dez mil vagas nos ônibus intermunicipais. Cada veículo pode transportar até dois animais. Diariamente, são realizadas cerca de cinco mil viagens no Estado de São Paulo dos bichinhos. No entanto, antes de embarcar o animal de estimação em um ônibus, os donos devem se atentar às regras estabelecidas pela Artesp, que disciplina o transporte dos pets no Transporte Rodoviário de Passageiros no Estado de SP. Apesar da portaria nº 16, ser datada de 23 de março de 2011, poucos donos de animais sabem dessa possibilidade. As regras foram revisadas na portaria publicada em agosto de 2012. Consulte as normas no site: //goo.gl/VPeDPT A primeira delas diz respeito à saúde do bicho. É obrigatória a apresentação, no ato do embarque, do Atestado Sanitário, que tenha sido emitido em no máximo três dias antes da viagem, por médico veterinário devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina Veterinária da Unidade Federativa de origem do animal, com destaque para a comprovação de imunização antirrábica. Outras condições também devem ser obedecidas. Animais que por seu tamanho, ferocidade, peçonha (secreção venosa) ou saúde prejudiquem os demais passageiros de alguma forma, são impedidos de embarcar. O pet deve ter no máximo oito quilos de peso, deve ser acondicionado em recipiente apropriado para o transporte, isento de dejetos, água e alimentos. Ou seja, ele deve estar em segurança e confortável, para garantir também a tranquilidade e segurança dos passageiros. O contêiner, específico para o transporte, tem características técnicas que devem ser observadas no ato de sua aquisição e deve ser feito de fibra de vidro ou material similar resistente, sem saliências ou protuberâncias, à prova de vazamentos e com dimensão máxima de 41x36x33 centímetros. Nas paradas do ônibus, o dono deve providenciar a higienização da casinha. De acordo com as regras da Artesp, o animal deve ocupar um assento ao lado do seu dono. Assim, o proprietário do animal tem de comprar uma passagem adicional. Segundo ainda a portaria da Artesp, são autorizados dois animais a bordo por viagem. “A exceção é feita aos cães-guia. É direito do deficiente visual viajar independentemente do peso e do pagamento de tarifa. Esses animais devem ser transportados entre e as pernas do dono”, informou a agência. No caso de animais silvestres, da fauna brasileira ou exótica, é necessário que seja apresentada autorização de trânsito do Ibama, nos termos da lei. Apesar de o transporte de animais em ônibus ser liberado já alguns anos, poucos passageiros usam. De acordo com o sub-encarregado de Transportes da Viação Pássaro Marrom em Campinas, Joaquim Neto Timóteo, por mês são transportados entre um e dois animais em ônibus da empresa. Já a VB Transportes, segundo a agenciadora Regiane Freitas, são feitos de três a cinco. “Mas a gente só transporta cachorros e gatos até oito quilos”, frisou Regiane. A professora Maria do Rosário, de 49 anos, mora em São Paulo, e sempre viaja com sua cachorra Lilica, uma Shitzu de cinco anos, para casa de parentes. A maior viajem que elas fizeram em ônibus foi para São José do Rio Preto, com duração de aproximadamente 6h. “Ela adora viajar. Quando me vê arrumando as malas, fica toda feliz. Ela não sai de perto e vai quietinha”, disse Maria, acrescentando que viaja pela Expresso Itamarati, que permite peso de até 10 quilos. “Eu faço questão de pagar a passagem dela. É minha ‘filhinha’ e viajar com animal é saudável.”