histórias

Amor de mãe, na saúde e na doença

Enquanto Aline festeja data ao lado do filho, em casa, Roselaine faz companhia às filhas no hospital

Henrique Hein
12/05/2019 às 15:32.
Atualizado em 03/04/2022 às 22:23

Aline Silva Basso, de 24 anos, deu à luz seu primeiro e único filho no meio ano passado. Henrique foi o nome escolhido para o bebê que está prestes a completar dez meses de vida. A gravidez bem-sucedida e o nascimento saudável da criança emocionaram a autônoma, que passou a viver um conto de fadas ao lado de seu mais novo (e pequenino) xodó.  O destino, no entanto, não foi muito generoso com ela e com o pai da criança, o comerciante Diego Daivid, de 33 anos. “Quando o Henrique completou três meses de vida ele começou a gritar muito; e passou a ficar assustado e apavorado com tudo. Levamos ele em vários médicos, mas nada de ruim era detectado”, explicou Aline. Em novembro do ano passado, a notícia que nenhuma mãe gostaria de ouvir chegou até ela: Henrique, que tinha apenas três meses de vida na época, estava com neuroblastoma de nível quatro – um tipo gravíssimo de câncer que se desenvolve principalmente em crianças menores de cinco anos. “Eu estava em um chá de bebê com minhas amigas. Fui trocar a falda dele e percebi a existência de um caroço na bariga do meu filho. Fizemos exames mais detalhados e, dessa vez, os médicos identificaram que ele estava com um tumor maligno. Meu mundo praticamente desabou na hora”, disse a mãe da criança. A felicidade dela, que passou intacta pela gravidez, sem uma complicação sequer, rapidamente se transformou em uma jornada para manter seu filho vivo. Insatisfeita com o plano de saúde – que parecia não lhe dar garantias de nada —, Aline decidiu levar seu filho até o Centro Infantil Boldrini, onde na mesma semana – em janeiro deste ano – ele acabou sendo internado às pressas. “A situação era dramática. O Henrique chegou praticamente em óbito no hospital”, disse Aline. A recuperação do bebê, que parecia impossível, surpreendeu os médicos. Após mais de quatro sessões de quimioterapia, Henrique foi liberado para voltar para casa no começo desta semana. O garoto ainda vai precisar passar por mais alguns exames, mas está tudo bem, para alegria de Aline, que hoje passa o seu primeiro Dia das Mães ao lado do filho querido. “Durante todo tempo que o Henrique ficou internado, eu chorei muito e, por diversas vezes, me peguei pensando no pior final possível, que era a morte dele. Saber que passarei o meu primeiro Dia das Mães, em casa, e com meu filho vivo, seguro e no meu colo, é uma sensação única e emocionante”, comentou. Henrique ainda não está curado do câncer e até por isso ainda voltará algumas vezes ao hospital para realizar alguns exames. Entanto, a confiança dos médicos e a de Aline é tamanha que eles nem trabalham mais com qualquer hipótese que não seja a de uma vida saudável para a criança. “A gente tem certeza da cura dele. Como mãe, é uma felicidade muito grande saber que ele está bem e que ainda vai passar dezenas de Dias das Mães comigo”, brincou Aline. Confiança A relação da Roselaine Teixeira Brito, de 42 anos, com as duas filhas Suellen e Larissa, de sete e três anos, respectivamente, sempre foi de proximidade. Assim como Aline, ela também precisou internar seus bens mais preciosos no Centro Infantil Boldrini para que pudessem ser curadas do câncer. O amor da auxiliar de serviços gerais por suas filhas surpreende quem vê. O carinho e atenção incondicional com os quais ela conversa e comemora minuciosamente cada etapa vencida por elas é de tocar o coração. Atualmente, Larissa e Suellen estão caminhando bem para atingir a fase final de recuperação da doença. Mesmo com a certeza de que tudo vai acabar bem, Roselaine conta que tomou uma decisão diferente e que já sabe onde vai comemorar o Dia das Mães. “Vou passar o domingo aqui, no hospital. Eu amo minhas filhas. São joias mais preciosas que eu tenho. Estou junto com elas e farei de tudo para que elas vencem essa luta”, comentou Roselaine. Lar São Vicente de Paulo realiza almoço especial O tradicional Lar São Vicente de Paulo, que abriga 21 idosas carentes na Vila Industrial, em Campinas, vai homenageá-las hoje, com um almoço especial de Dia das Mães. A refeição preparada pela própria cozinheira do grupo será servida ao meio-dia, antes da abertura dos portões para a visita dominical. O lar centenário foi erguido em terreno doado pela Prefeitura. O espaço começou com casinhas que abrigavam, principalmente, viúvas carentes e seus filhos menores. Hoje, o lar acolhe, principalmente, senhorinhas que já perderam o vínculo com suas famílias.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por