Ampliação do horário de ambulatório deverá ser implantada logo após o final do processo eleitoral
O governador do Estado de São Paulo, Márcio França (segundo à esq.) e o prefeito de Campinas, Jonas Donizette, entre os operários, durante visita técnica às obras do AME do município (Thomaz Marostegan/Especial para AAN)
O governador Márcio França, que concorre à reeleição este ano, planeja abrir os Ambulatórios MédicoS de Especialidades (AME) do Estado aos sábados e domingoS para zerar, em seis meses, as longas filas de esperar para consultas e exames em hospitais da rede pública de saúde de São Paulo. A afirmação foi feita pelo próprio governador durante uma visita técnica às obras do AME de Campinas, no Parque Itália, na manhã desta quarta-feira. Acompanhado do prefeito Jonas Donizette (PSB), França afirmou que os AMEs são uma grande solução para o déficit da Saúde estadual, que hoje é de aproximadamente 1 milhão de consultas e 300 mil exames em atraso. Segundo ele, a ampliação do horário de atendimento de todas as AMEs do Estado para atender a população deverá acontecer a partir do final do processo eleitoral. “A abertura aos finais de semana vai permitir que as pessoas façam as suas consultas e exames, reduzindo todo o déficit do Estado de São Paulo, que hoje é alto. Queremos que em seis meses, a fila atinja o nível de uma consulta particular”, frisou França. A AME de Campinas está sendo construída ao lado do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti. O complexo promete ser a maior unidade de saúde do Estado e o investimento para viabilização do espaço é de R$ 37 milhões, com previsão de entrada em funcionamento em julho de 2019. “O AME é o serviço que dá mais garantias de menos internações. Quando a pessoa faz a consulta e o exame antecipado, evita chegar na parte hospitalar. Hoje, o nosso problema hospitalar tem muito a ver com isso: a falta e a demora para conseguir marcar e agendar consultas e exames”, afirmou França. Segundo Jonas, o novo complexo hospitalar de Campinas vai agregar um ambulatório clínico e cirúrgico com 8 mil metros quadrados de construção à autarquia, que já integra os serviços municipais de urgência, emergência e hospitalar. O prefeito destacou que o motivo da AME ser construído ao lado do Mário Gatti tem justificativa: desafogar o próprio hospital. “É a principal obra de saúde que Campinas recebe nos últimos dez anos. Junto com ela, também haverá a construção de vários centros de saúde para reordenar e reestruturar a saúde básica do município. Todas elas (unidades) serão entregues e estarão funcionado em 2019 para melhorar efetivamente a saúde", garantiu Jonas. Internações Atualmente. as unidades da Rede Mário Gatti realizam mensalmente cerca de duas mil internações, 1.300 cirurgias, 60 mil consultas de pronto-socorro e 15 mil consultas ambulatoriais de especialidades médicas. Já a AME campineira terá leitos para cirurgias ambulatoriais e de observação, diagnósticos por imagem, entre outros exames. Também contará com um espaço destinado ao tratamento de doenças crônicas. Três andares Procurado pela reportagem, o Secretário de Saúde de Campinas,, Carmino de Souza, explicou que a nova AME terá três pisos.. Na parte de baixo, ficará toda a área de atendimento e de exames de oftalmologia e de imagem (ressonância e mamografia, por exemplo). Já o andar de cima - o intermediário - acomodará as 35 especialidades de atendimento do hospital; enquanto o centro cirúrgico e hospital dia serão instalados no último andar do complexo. “A área onde a obra da AME está sendo construída foi doada para a Prefeitura e tem cerca de 20 mil metros quadrados. É importante ressaltar que ness local não está sendo construído somente o AME, mas também um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) para usuários de álcool e drogas, que deverá ficar pronto ainda este ano, entre outubro e novembro”, comentou.