AMERICANA

Aluno invade colégio com arma e explosivos caseiros

Com arma de chumbinho, adolescente fez vários disparos, ferindo 2 funcionárias; ninguém morreu

Edson Silva/ Correio Popular
30/03/2021 às 15:58.
Atualizado em 22/03/2022 às 02:14
Atentado mobilizou equipes da Polícia Militar, o patrulhamento Águia, Grupo de Ações Táticas Especiais e inclusive o Grupo Anti-Bombas (Aline Basanella/Portal Novo Momento )

Atentado mobilizou equipes da Polícia Militar, o patrulhamento Águia, Grupo de Ações Táticas Especiais e inclusive o Grupo Anti-Bombas (Aline Basanella/Portal Novo Momento )

Um adolescente, de 13 anos, fez reviver ontem, por instantes, na cidade de Americana, o terror causado por atentados em escolas no Brasil e nos Estados Unidos, que foram invadidas e alvos de ataques armados. O garoto entrou ontem no Colégio Salesiano Dom Bosco de Americana com uma arma de chumbinho, fez vários disparos, provocou correria e deixou ao menos dois feridos. Ninguém morreu.

O aluno entrou na escola, vestindo uniforme, e com artefatos explosivos caseiros, em garrafas, um martelo e uma espingarda de pressão escondidos em uma capa de violão. De acordo com a polícia, neste momento, havia 15 alunos e seis funcionários no estabelecimento particular de ensino.

Eram 16 horas aproximadamente quando o adolescente começou a disparar dentro da escola. Uma funcionária foi ferida por ao menos um disparo, mas a informação é que não foi com gravidade por não se tratar de armamento letal. Outra funcionária sofreu ferimentos nas costas, mas está sendo apurado se ela foi atingida por disparos ou por estilhaços de vidros quebrados na confusão.

O adolescente chegou a atirar um suposto explosivo na sala da direção, onde a diretora estava, mas que não detonou, segundo informações da PM. Pelas primeiras apurações, o atentado tinha como alvo a direção do colégio, e não os alunos.

Um dos momentos de maior tensão ocorreu quando viaturas da polícia cercaram o local. O adolescente passou a disparar contra a própria cabeça. Apesar dos ferimentos na cabeça, sem gravidade, ele deixou o local consciente e foi levado a um hospital. Os alunos foram orientados a deixar o colégio pelos portões dos fundos.

O autor do atentado disse aos policiais que a arma usada é do pai e que confeccionou os explosivos após instruções obtidas pela internet, com produtos químicos obtidos em casa, como acetona e éter. Foram encontrados 10 artefatos explosivos improvisados, feitos com pólvora, solvente, pregos, parafusos e outros materiais metálicos. O rapaz disse que tentou usar garrafas, para produzir as bombas tipo coquetéis molotov.

Segundo análise do Esquadrão de Bombas, os artefatos eram funcionais e tinham potencial lesivo. Toda a ação mobilizou um grande efetivo policial, inclusive o patrulhamento Águia da Polícia Militar, além unidades de resgate do Corpo de Bombeiros e do Samu, para eventual emergência. Uma equipe do Grupo de Ações Táticas Especiais de São Paulo, com o Grupo Anti-Bombas, esteve na escola para recolher e analisar o material.

Em nota, o Colégio Dom Bosco informou que “não houve alunos feridos; seguindo procedimentos de segurança, todos foram protegidos de imediato.

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