CAMPINAS

Alckmin assina acordo de R$ 80 mi para teatro

Convênio com a Prefeitura para a construção de prédio para ópera será selado no domingo

Maria Teresa Costa
25/05/2013 às 11:26.
Atualizado em 25/04/2022 às 14:37
Maquete da frente do futuro Teatro de Ópera Carlos Gomes: capacidade para 1,2 mil pessoas  (Divulgação )

Maquete da frente do futuro Teatro de Ópera Carlos Gomes: capacidade para 1,2 mil pessoas (Divulgação )

Convênio para a liberação de R$ 80 milhões destinados à construção do Teatro de Ópera Carlos Gomes, no Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Sallim, será assinado no domingo (26) entre o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Jonas Donizette (PSB), no Teatro Castro Mendes, às 11h.

O compromisso ocorrerá com concerto da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), uma das atrações da Virada Cultural Paulista, e apresentação do projeto arquitetônico da sala de ópera de Campinas. A previsão é de que, até o final do ano, a licitação da obra esteja concluída, para que a construção comece no início de 2014.

O governo estadual repassará o recurso e a Prefeitura fará a obra. O projeto arquitetônico foi elaborado pelo arquiteto Carlos Bratke e doado à Administração pelo Swiss Park. A pedido da Secretaria Municipal de Cultura, o projeto está passando por alterações.

As modificações que estão sendo feitas na proposta original, informou o secretário de Cultura Ney Carrasco, são adaptações internas para atender um teatro de ópera.

Inicialmente, o desenho da sala seria no estilo elizabetano (em semicírculo) e a Prefeitura pediu para que o novo desenho tenha estilo italiano (em forma de ferradura), mais propício a apresentações operísticas, segundo Carrasco.

O projeto tem 18 volumes de plantas. Os R$ 80 milhões serão destinados à construção e aos equipamentoS. Além da atualização da proposta arquitetônica, será necessário ainda elaborar o projeto executivo, que deverá conter um conjunto de informações técnicas necessárias e suficientes para a realização do empreendimento.

A edificação contará com camarins, coxia, cabines para imprensa, camarotes, sanitários, saídas de emergência e estacionamento, além de uma acústica especial para a apresentação de óperas. O palco, de aproximadamente 306 metros quadrados, terá dois espaços abertos em sua parte inferior. Além do tradicional fosso para a orquestra, haverá uma espécie de ‘hall’ para receber mostras e exposições. O projeto ainda possui outros seis pavimentos: quatro superiores e dois pisos técnicos.

A obra vai exigir licenciamento ambiental, que será feito pela Prefeitura, porque o impacto será apenas local. O local escolhido para construir o teatro fica em frente ao estacionamento do parque, com vista para o lago, e será complementado com um paisagismo seguindo o projeto de Burle Marx.

A casa projetada por Bratke será uma das mais modernas salas de espetáculos do Brasil, com projeto de acústica para receber grandes apresentações. O desenho prevê um auditório com capacidade para 1,2 mil pessoas e sete pavimentos. A doação do projeto à Prefeitura foi publicada no Diário Oficial em maio de 2011, com um valor simbólico de R$ 400 mil.

O palco do teatro terá 18 por 17 metros, avançado sobre a plateia, com lobby com capacidade para receber exposições, o fosso para orquestra, o pavimento intermediário, outros quatro superiores e mais dois pisos técnicos. Há a possibilidade até mesmo de fazer um grande salão subterrâneo em uma segunda etapa. No projeto estão inclusos salas para a imprensa, músicos, de maquiagem, de emergência e de ensaios, além do espaço reservado para o arquivo de partituras, os camarins.

Junto com o teatro, virá o Parque Ecológico para Campinas. A Prefeitura estima que o custeio anual será da ordem de R$ 6 milhões para manter o parque com segurança, e em condições de uso e projetos que atraiam visitantes. Mas a transferência do parque ainda não tem data para ocorrer.

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