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Aeroportos, os campeões em medidas de segurança

Mas um desafio ainda se impõe: a proximidade das áreas urbanas aos terminais. Isso traz riscos para os aviões

Rafaela Dias e Maria Teresa Costa
08/05/2018 às 09:18.
Atualizado em 28/04/2022 às 08:01
Walter Souza, da Infraero: nenhum modal é alvo de tantos processos de segurança quanto o aéreo (Dominique Torquato)

Walter Souza, da Infraero: nenhum modal é alvo de tantos processos de segurança quanto o aéreo (Dominique Torquato)

Nenhum modal de transporte é alvo de tantos processos de segurança quanto o aéreo, que tem protocolos de segurança, de regulação e fiscalização rígidos, segundo Walter Américo da Costa Souza, superintendente de gestão de participação da Infraero. Mas um desafio ainda se impõe: a proximidade das áreas urbanas aos terminais. Isso traz riscos para os aviões - devido à proximidade dos imóveis residenciais, muitas aves, como os urubus, são atraídos para essas áreas. “A segurança, contudo, está o tempo todo alerta, e a qualquer sinal de anormalidade, o aeroporto fecha”, afirmou. Por seu lado, as prefeituras têm a responsabilidade de garantir, com desapropriações e fiscalizações, o aparecimento de lixões que atraem pássaros - e muitas fazem um bom trabalho. Souza lembra que alguns países conseguiram garantir área suficiente nos entornos dos aeroportos para evitar desapropriações com o avanço das cidades. O Brasil teve falhas para manter os aeroportos livres, mas isso não significa, necessariamente, que haja problemas. “Há cidades no mundo, como Londres, por exemplo, onde a cidade chegou ao aeroporto e onde a situação se tornou delicada. Mas tudo depende de como é essa convivência. Se há o risco de se fechar um aeroporto, temos uma situação em que o Estado ou o próprio terminal compram as áreas em volta e retiram os moradores para garantir a permanência no local. Um aeroporto é sempre importante”, afirmou. Em Los Angeles, prosseguiu, todo um bairro foi comprado e as casas demolidas para que o terminal tivesse a rampa de pouso desimpedida. Na Espanha, um aeroporto pagou o isolamento acústico dos imóveis do entorno. “Como eu disse, tudo depende da convivência, porque soluções para garantir a permanência de um bem que é importante para a economia, como um aeroporto, são possíveis”, disse. A segurança na aviação, segundo ele, é muito reforçada, e vai desde a obrigação de o piloto fazer testes e exames médicos a cada seis meses até ações contra o terrorismo que obrigam, por exemplo, os passageiros a se submeterem uma inspeção bastante rigorosa.

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