EM SUMARÉ

Aeromoça encontrada morta em mala é enterrada

Cerca de 120 pessoas, entre amigos e familiares, foram ao cemitério da Saudade, em Sumaré, para despedida de Michelli Nogueira; comoção e revolta marcou o cortejo

Sarah Brito
sarah.brito@rac.com.br
11/03/2015 às 10:32.
Atualizado em 24/04/2022 às 01:32

Cerca de 120 pessoas, entre parentes e amigos, acompanharam a cerimônia fúnebre (Sarah Brito/ AAN)

O enterro da aeromoça Michelli Nogueira, encontrada morta em uma mala na noite de segunda-feira (10) em Nazaré Paulista, próximo a represa Atibainha do Sistema Cantareira, foi marcado por comoção e homenagens. Cerca de 120 pessoas, entre familiares, amigos e colegas da companhia aérea onde ela trabalhava acompanharam o velório e bateram palmas para Michelli, quando o caixão foi enterrado. Parentes vestiam camisetas com o rosto dela e a palavra "saudade" .   "Ela era uma irmã querida, muito presente na vida da família e dos amigos. A gente não se conforma, porque essa relação [com o marido, suspeito do crime] não era saudável" , disse o irmão Ivan Nogueira. Ele contou que Michelli queria conhecer o exterior e estudava inglês há um ano para isso. Ela era comissária na Azul Linhas Aéreas há seis anos. A companhia enviou uma coroa de flores em homenagem a Michelli no enterro.   Segundo a Polícia Civil, o principal suspeito é o marido, o técnico em eletrônica Júlio César Arrabal, 40 anos, que foi achado cerca de 8h depois, enforcado com o cinto, na escada da sala da casa do casal, no Residencial Guaíra, na região do Picerno, em Sumaré. O casoO corpo de Michelli foi encontrado por um casal que foi até o local, nas margens da Rodovia Dom Pedro I, no bairro São Lázaro, para procurar um celular que havia perdido durante pescaria. A mala estava perto de uma moita de bambu, em uma ribanceira. O corpo foi achado por volta das 18h50. Por volta das 3h, os investigadores descobriram que o carro estava estacionado em frente da casa do casal, apesar da casa ter garagem.Na residência, a Guarda Municipal encontrou o corpo de Arrabal, uma faca suja de sangue, uma garrafa quase vazia de vodca e vestígios de consumo de drogas, de acordo com o Boletim de Ocorrência. Os familiares dizem que Michelli era apaixonada por Arrabal, que tinha envolvimento com drogas. O homem teria começado a usar cocaína por influência de amigos, mas não conseguiu largar o vício. A aeromoça teria pagado no ano passado uma clínica de recuperação, na qual ele passou três meses internado.   

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