Trinta e três por cento das residências estavam fechadas, segundo balanço divulgado pela Prefeitura. O trabalho teve a participação de 200 pessoas, entre voluntários e agentes de saúde
Voluntários fazem visita a casas para ações de conscientização e eliminação de focos do Aedes: em Campinas, visitas deste fim de semana foram concentradas na região do Ouro Verde (Divulgação/Prefeitura de Campinas)
Voluntários mobilizados no 3º Mutirão Regional de Combate ao Mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, visitaram 662 imóveis no distrito do Ouro Verde, em Campinas, neste final de semana. Trinta e três por cento das residências estavam fechadas, segundo balanço divulgado pela Prefeitura. O trabalho teve a participação de 200 pessoas, entre voluntários e agentes de saúde. O mutirão ocorreu simultaneamente em 22 cidades da região de Campinas. A ação contou com a distribuição de panfletos com orientações de prevenção, vistorias em imóveis, retirada de entulho e flagrantes de larvas do Aedes. "Estamos vivendo um momento especialíssimo das arboviroses e essa preocupação muito grande com a febre amarela. Quero aproveitar para tranquilizar a população de Campinas em relação à febre amarela. Ela passou por Campinas de maneira avassaladora em junho do ano passado. Os movimentos de bloqueio foram feitos e temos mais de 920 mil pessoas vacinadas contra a febre amarela. Queremos que as pessoas que não foram vacinadas ainda, e que vão se movimentar nos próximos dias, principalmente por conta do Carnaval, se vacinem. Esse é o grupo que tem que ser vacinado. Quem não foi vacinado e não vai para área de risco, ou pessoas mais idosas ou fora do grupo, fiquem tranquilos porque não temos a febre amarela urbana", disse o secretário municipal de Saúde, Carmino de Souza. A transmissão da doença ocorre em área de mata. "É um desafio todo ano, a dinâmica e os vírus têm sido diferentes. Sempre digo que um dos maiores desafios nas arboviroses é a comunicação, para que cada um entenda sua parte. Em relação às arboviroses, 80% das transmissões são domésticas. Então é essencial o cuidado com a calha, com a caixa d´água, com o vaso, entre outros", completou. Carmino ressaltou que a Secretaria de Saúde não para o trabalho de prevenção durante o ano todo. Além dos indicadores de risco, por meio do qual a secretaria planeja as ações de combate, são feitos diversos mutirões com envolvimento de outras secretarias. "Na área da saúde, o mais importante é verificar antes, trabalhar a prevenção, e as arboviroses têm ensinado isso." Durante 2017, as equipes visitaram 567.003 imóveis em Campinas. Deste total, foram trabalhados (as equipes entraram) 311.643. No ano passado, foram teladas caixas d’água de 2.505 imóveis. Ainda em 2017, a Secretaria de Serviços Públicos retirou 380.904 toneladas de entulhos, descartados de forma irregular, em toda a cidade. O balanço fechado em 9 de janeiro deste ano aponta que Campinas teve 127 casos confirmados de dengue durante todo o ano passado. O número é 96,4% menor do que o registrado em 2016, quando a cidade contabilizou 3.542 casos. Em 2017 foram registrados 49 casos de zika. No ano anterior, 2016, foram 524 casos confirmados da doença. A redução foi de 90,6%. Em relação à chikungunya, Campinas teve 21 confirmações da doença. Em 2016, foram 13. SAIBA MAIS Para acabar com a proliferação do mosquito transmissor da dengue é preciso evitar acúmulo de água em latas, pneus e outros objetos. Os vasos de plantas devem ter a água trocada a cada dois dias. É importante, também, vedar a caixa d’água. Os vasos sanitários que não estão sendo usados devem ficar fechados.