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Acordo permite transferência de pacientes

A Prefeitura de Campinas começou a transferir pacientes infectados pelo novo coronavírus para o Hospital Metropolitano na noite de ontem

Henrique Hein
24/06/2020 às 07:51.
Atualizado em 28/03/2022 às 22:46
O aluguel mensal do Metropolitano custará R$ 2,2 milhões à Prefeitura (Matheus Pereira/AAN)

O aluguel mensal do Metropolitano custará R$ 2,2 milhões à Prefeitura (Matheus Pereira/AAN)

A Prefeitura de Campinas começou a transferir pacientes infectados pelo novo coronavírus para o Hospital Metropolitano na noite de ontem. Ao todo, quatro leitos de UTI e dez de retaguarda foram abertos. Outras 11 vagas de UTI e 18 de retaguarda ainda serão instaladas de maneira gradativa na unidade, segundo a Administração. A transferência ocorreu horas depois de a Justiça do Trabalho conceder uma liminar autorizando a abertura dos leitos no hospital. A decisão judicial resolveu o impasse no contrato de aluguel da unidade com o Governo Municipal e autorizou que o repasse da Prefeitura pudesse ser destinado à operação da unidade médica e não mais às dívidas trabalhistas do local.  O Hospital Metropolitano é unidade hospitalar particular, localizada na Avenida das Amoreiras. O local, no entanto, precisou ter suas atividades interrompidas em março deste ano por causa de uma série de problemas financeiros, que culminaram em dívidas trabalhistas estimadas em R$ 15 milhões. No começo de abril, a Prefeitura de Campinas informou que alugaria o hospital por R$ 2,2 milhões por mês para poder tratar de pacientes com coronavírus. Após a autorização da Justiça, o contrato passou a ser válido pelo prazo de três meses. O problema, no entanto, começou quando uma decisão da 2ª Vara do Trabalho de Campinas obrigou que o repasse feito pela Prefeitura ao hospital fosse destinado em sua totalidade para o pagamento das dívidas trabalhistas, o que inviabilizaria o funcionamento da unidade. Para que isso não ocorresse, o hospital entrou na Justiça com o mandado de segurança, que foi aceito ontem. De acordo com a unidade, a decisão da Justiça permite que haja mais segurança jurídica e financeira para que o hospital continue sua parceria com a Prefeitura. Já o Governo Municipal reiterou que a contratação do hospital se deu para garantia dos interesses da saúde da população campineira nesta pandemia.

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