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Academia Campinense tem o prédio tombado

O Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc) tombou, ontem, como patrimônio da cidade, a Academia Campinense de Letras

Maria Teresa Costa
11/10/2019 às 07:37.
Atualizado em 30/03/2022 às 11:32

O Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc) tombou, ontem, como patrimônio da cidade, a Academia Campinense de Letras. O prédio, que segue padrões arquitetônicos dos antigos templos gregos, é de propriedade da Prefeitura e foi inaugurado em 1976. “O tombamento garante a preservação e a conservação desse patrimônio da cidade”, disse o presidente da academia, Jorge Alves de Lima. Segundo ele, a edificação está conservada, a partir de uma série de obras que vem sendo realizadas em seu mandato. Toda a parte externa da construção passou por lavagem a jato e um jardim foi implantado em frente à porta principal. A troca de calhas de parte do telhado deu fim às goteiras. O sistema elétrico recebeu intervenção e foi feita a pintura interna do espaço. Na fase atual, Lima busca uma solução para que a academia possa abrigar seu acervo de mais de 8 mil volumes entre livros, revistas e periódicos, que hoje está instalado no Sindicato da Mogiana. Uma alternativa, segundo ele, será construir uma sala na parte de cima do prédio, com 35 metros quadrados, para abrigar o acervo. Formada por 40 acadêmicos, o grupo se reúne em sessão solene na primeira semana do mês, quando alunos da periferia são convidados a participar. Na saída, levam sacolas de livros de acadêmicos e também de doações da Livraria Pontes. Em toda sessão solene, na Galeria Lélio Coluccini, instalada no saguão do prédio, ocorre exposição de pintura. O plano de Lima é integrar saraus literários na agenda, que serão abertos ao público. A Prefeitura utiliza também o prédio, para reunião das várias secretarias. Criada em 1956, a Academia Campinense de Letras foi uma iniciativa do então secretário municipal de Educação e Cultura, Francisco Ribeiro Sampaio. A sessão de posse e instalação ocorreu a 22 de novembro do mesmo ano, e o próprio Sampaio foi eleito presidente. Durante anos, os acadêmicos, sem sede própria, se reuniam no consultório médico do acadêmico presidente Lycurgo de Castro Santos Filho. Em 1963, após negociarem o terreno doado pela Prefeitura, a academia mudou-se para sua sede própria, no Edifício Barão do Rio Branco, no Centro da cidade. Todavia, com o tempo o espaço não suportava as necessidades da ACL e, em 1976, com o apoio do então prefeito municipal, Lauro Péricles Gonçalves, e supervisão de Lix da Cunha, foi inaugurada a nova e atual sede da Academia Campinense de Letras.

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