Ação questiona corte de árvores

O Promotor de Justiça de Campinas, José Fernando Vidal de Souza, ingressou na Justiça com uma Ação Popular que questiona a construção de uma ciclovia por parte da Prefeitura, que para isso permitiu a derrubada de árvores em área de preservação permanente, às margens do córrego Piçarrão. No material, o promotor aponta que a intervenção ocorreu "ao arrepio das disposições constantes da Lei 12.651/02 (Código Florestal), notadamente retirada de árvores históricas e de grande porte, acrescentando na emenda de fls. 47/57 que não se respeita sequer a fauna local, derrubando-se ninhos dos pássaros de forma indiscriminada". Os proponentes da Ação Popular juntaram relatório médico-veterinário narrando o atendimento de uma das aves lesionadas em virtude do desmatamento; abaixo assinado dos moradores solicitando a imediata paralisação da obra; denúncia junto ao Conselho de Arquitetura e Urbanismo, texto sobre a importância da arborização, além de cópia da Lei Municipal que disciplina a supressão da arborização urbana. Desta forma, pleiteia a concessão de medida liminar para imediata suspensão das obras, sobretudo cortes de árvores em toda a extensão do córrego Piçarrão até que seja elaborado novo trajeto. A Prefeitura informou que ainda não foi notificada e, quando isso ocorrer, tomará as medidas necessárias. Conforme o Correio publicou no mês passado, um grupo de moradores do Jardim Nova Europa está revoltado com a decisão da Prefeitura de retirar dezenas de árvores da marginal do Piçarrão para construção de uma ciclovia, que terá 5km de extensão, entre o Vila Garden e a Avenida Jorge Tibiriçá. A revolta ocorre porque as árvores foram plantadas pelos próprios moradores e estavam todas saudáveis. Além disso, eles reclamam que ninguém foi avisado sobre a derrubada.