bares e restaurantes

Abrasel defende a reabertura em 2 semanas

Já foram formalizadas 15 mil demissões, além do encerramento das atividades de 2,4 mil empresas

Daniel de Camargo
03/07/2020 às 07:50.
Atualizado em 28/03/2022 às 23:44
A Abrasel RMC criou uma cartilha para orientar os donos dos estabelecimentos sobre regras sanitárias (Divulgação)

A Abrasel RMC criou uma cartilha para orientar os donos dos estabelecimentos sobre regras sanitárias (Divulgação)

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes da Região Metropolitana de Campinas (Abrasel RMC) defende que, ainda que a região regresse à fase vermelha do Plano São Paulo de retomada das atividades econômicas, o setor de alimentação fora do lar precisa reabrir dentro de duas semanas para sobreviver e garante que já foram adotadas medidas para que os serviços sejam prestados de forma segura. Entre as ações, estão a disponibilização de cardápios laminados, que serão higienizados constantemente; substituição do menu pelo sistema QR Code. Representantes da entidade se reúnem hoje, na Prefeitura de Campinas, com a secretária de Desenvolvimento Econômico, Social e de Turismo, Alexandra Caprioli, para apresentar a campanha “Estamos Prontos”, e expor as medidas de readequação. Presidente da entidade, Matheus Mason esclarece que a intenção é sensibilizar a todos, inclusive os clientes, que não há empecilhos para que eles voltem aos estabelecimentos com segurança. A manutenção da operação apenas com delivery que vigora atualmente pode matar o setor na região, analisou. Já foram formalizadas 15 mil demissões, além do encerramento das atividades de 2,4 mil empresas. Novo estudo a ser realizado na próxima semana deve trazer números mais alarmantes. Antes da pandemia, a Abrasel RMC estimava que o setor contava com cerca de 12 mil estabelecimentos e empregava mais de 60 mil pessoas. Ainda para os próximos dias, prevê Mason, pode ocorrer uma onda de demissões. A explicação é a falta de caixa para o pagamento dos salários. Para que isso não ocorra, assegura, é necessária uma garantia formal de reabertura dos estabelecimentos, apoio do governo federal, por exemplo, com a extensão da medida provisória que permite a redução da jornada e, consequentemente, dos salários, e acesso a linhas de crédito. No País, critica, menos de 2% do setor conseguiu dinheiro com os bancos. Há duas semanas, recordou, houve uma reunião com o secretário de Desenvolvimento Regional do Estado, Marco Vinholi. O objetivo foi pleitear ajustes no Plano SP. Há mais de 100 dias sem receber clientes, os estabelecimentos não dispõem, no momento, de estoque. Assim sendo, precisam de prazo para acionar os fornecedores. O presidente da Abrasel RMC informa que os bares e restaurantes que estão no melhor cenário funcionam com até 30% dos seus custos regulares. Os piores, entre 50% e 60% — e as receitas não passam, em média, de 15%. Bom exemplo Além da cartilha da entidade do setor, o Dom Brejas Brew Pub, de Campinas, se prepara com um cardápio digital, disponível no celular. Outra mudança será a substituição de copos, pratos, talheres e embalagens por materiais descartáveis e o fornecimento de luvas aos clientes. O material será entregue embalado à vácuo.

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