Áreas serão destinadas para oficinas de manutenção e abrigo de aeronaves, segundo o Daesp; escolas de aviação e atividades aerodesportivas estão vetadas
Hangares já em operação no Aeroporto Estadual Campo dos Amarais; novas unidades terão área de 10 mil metros quadrados (Giancarlo Giannelli/Especial para AAN)
O Aeroporto Estadual Campo dos Amarais, em Campinas, terá cinco novos hangares a partir deste ano. O Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp), que administra o aeródromo, lançou licitação para concessão das áreas para as obras. O certame, que será na modalidade menor preço, com pagamento mensal da área concedida, acontece no dia 11 de março. Os cinco lotes tem área total de 10.850 mil m² e os valores mensais mínimos somados chegam próximos a R$ 160 mil. O maior possui 3 mil m² (R$ 43,5 mil mensais) e o menor 1,8 mil m² (R$ 26,1 mil mensais). As áreas para construção dos hangares estão espalhadas em diversos pontos e todas contemplam a pista de taxiamento do aeroporto (taxiway). Estrutura Atualmente o aeroporto possui 27 hangares tradicionais, mais 28 hangares tipo box (para uma única aeronave) que abrigam 125 aeronaves, sendo três de grande porte executivo. Existe ainda um aeroclube e duas escolas de voos de helicóptero, além de quatro oficinas de manutenção, três empresas de táxi aéreo e uma de demonstrações aérea. A estrutura possui também duas abastecedoras de combustível. Os novos hangares serão destinados ao desenvolvimento de atividades aeronáuticas, como oficinas de manutenção e abrigo de aeronaves. A exceção é para o uso de escolas de aviação e atividades aerodesportivas que não são permitidas. A empresa vencedora deverá apresentar ao Daesp o projeto para implantação do prédio em até 120 dias após a assinatura do contrato. Além disso, a concessionária ficará responsável pela adequação da área e implantação de infraestrutura. “Todas as áreas que entraram no certame têm infraestrutura e ficam ao lado de outros hangares já existentes”, afirmou o administrador do aeródromo, Aroldo Viana de Albuquerque. Hoje, o maior hangar do aeroporto possui 3,6 mil m² onde ficam duas aeronaves de grande porte. “Há galpões menores que cabem cinco ou seis aeronaves. Isso varia bastante com o modelo”, disse o administrador. Movimento O aeroporto movimentou no ano passado 33.818 embarques/desembarques e 58.586 pousos/decolagens. É o terceiro aeroporto da rede do Daesp em movimentação de aeronaves e passageiros, entre os que operarão com aviação geral (executiva, táxi aéreo). Além do aeroporto de Campinas a licitação vai ocorrer também nos terminais de Registro, Araraquara, São Carlos, Ribeirão Preto e Avaré.Privatização No início deste ano o Daesp retomou as conversas com a Secretaria de Aviação Civil (SAC) para dar andamento ao processo de privatização dos aeroportos regionais de aviação executiva, que inclui o Aeroporto dos Amarais. Em julho de 2013 o Daesp chegou a anunciar a privatização do aeroporto campineiro, mas no início do ano passado a SAC revogou a autorização, alegando que o processo de análise dos editais de concessão não havia sido concluído. O processo licitatório dos cinco aeroportos de São Paulo será feito em único lote com concessão por 30 anos e investimento mínimo de cerca de R$ 75 milhões. A concessionária que ficará responsável pela administração dos aeroportos responderá por sua manutenção e operação perante os órgãos da Aeronáutica. De 2011 a 2014, o aeroporto recebeu cerca de R$ 9 milhões em melhorias em sua infraestrutura operacional, como ampliação das pistas de pouso, táxi, ampliação do pátio de aeronaves, alargamento da pista de rolamento, implantação de infraestrutura para novos hangares e ampliação da iluminação do pátio e balizamento noturno. Também foi executada a revitalização da sinalização horizontal diurna e construção do alambrado do aeroporto.