EDITORIAL

A vociferação nas redes sociais

A linha editorial adotada pelo Correio Popular, nessa fase de reformulação, se baseia na independência, na pluralidade e no compromisso de um jornalismo comprometido com a cidadania, com a comunidade, com Campinas

Correio Popular
25/01/2021 às 12:49.
Atualizado em 22/03/2022 às 10:46

 24 de janeiro de 2021

As redes sociais foram adotadas indistintamente por todos os tipos e perfis de indivíduos. Desde os mais íntegros aos imorais, irresponsáveis, os quais acham que qualquer fato pode ser distorcido, alterado e falseado com intenções mesquinhas, inconfessáveis.

Nos últimos três anos, as redes amplificaram a voz de bolsonaristas que espantam qualquer crítica ou comentário procedente sobre os atos impensados do presidente da República. Recusam-se a discutir séria e responsavelmente os fatos, muitas vezes transformados em fake news. Na rasa mente dual desses aventureiros da política, quem não é Bolsonaro é petista. A reação às críticas revela a incapacidade de pensar a complexidade da política e a paupérrima expressão de uma voz atormentada pela ignorância.

A linha editorial adotada pelo Correio Popular, nessa fase de reformulação, se baseia na independência, na pluralidade e no compromisso de um jornalismo comprometido com a cidadania, com a comunidade, com Campinas. E a recuperação do jornal não prevê o dinheiro público.

Criticar os governantes sempre foi uma missão dos bons jornais. Em qualquer parte do mundo. E isso se difere da propaganda enaltecedora das decisões de quem detém o poder. A bajulação aos poderosos é típica daqueles que veem nesse ato um meio para obter benefícios nem sempre republicanos; escusos, portanto.

O Brasil regrediu anos nos últimos tempos. Há clara resistência de muitos bolsonaristas para entender as mudanças no mundo do século XXI. Entre elas, a da pluralidade das ideias e da diversidade.

Do mesmo jeito que os governos petistas foram alvos de severas críticas pela imprensa desde que assumiram a Presidência da República, o atual mandatário é alvo do olhar de todos os brasileiros, críticos ou não.

O Correio Popular cumpre, portanto, o papel de um jornal altivo, crítico. Não tem vínculo com nenhum partido político, nem PSDB, nem PT, nem MDB ou qualquer outro. A etapa em que se encontra é a da recuperação empresarial, sem nenhuma submissão a correntes de esquerdas ou direita.

Como foi publicado no comunicado da edição de terça-feira, 19, "Nosso compromisso de independência, de ética e da defesa dos interesses públicos se sobrepõe a tudo." Mas, há quem se nega a entender o que é interesse público. Confunde-o com o interesse pessoal, egoísta.

O projeto de renovação do jornal é uma obrigação com o público e com a cidadania.

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