Mostra será montada no Palácio de Cristal, no Lago do Café, e terá 54 ambientes. Público poderá conferir de 13 de maio a 26 de junho
O Palácio de Cristal, "casa" da Campinas Decor 2016: investimentos de R$ 7 milhões e expectativa de 35 mil visitantes (Élcio Alves/AAN)
Foi dada a largada para os preparativos da 21ª Campinas Decor, que acontecerá de 13 de maio a 26 de junho no Lago do Café. As obras no Palácio de Cristal, que este ano vai abrigar 54 ambientes da mostra de arquitetura, decoração e paisagismo foram iniciadas na segunda-feira (29). Cerca de 1,5 mil postos de trabalho serão gerados na fase de implantação dos ambientes, e outros 100 durante o funcionamento da mostra. Ao todo, a edição 2016 irá consumir R$ 7 milhões em investimentos, valor similar ao da mostra do ano passado, que reuniu 52 ambientes em uma casa montada em 1,5 mil metros quadrados na nova ala do Shopping Iguatemi. A expectativa da organização é atrair um publico de 35 mil visitantes. O preço da entrada foi mantido nos mesmos R$ 35,00 do ano passado. Participam da mostra 80 profissionais do segmento, escolhidos entre 200 inscritos. A seleção dos ambientes foi realizada em novembro, e a mostra será apresentada oficialmente em 10 de maio. Não é a primeira vez que um espaço público abriga a Campinas Decor, que já aconteceu no Lago do Café em 2003, no casarão existente no local. Agora, um novo termo de permissão de uso firmado entre a organização do evento e a Secretaria Municipal de Cultura, que visa a cooperação entre o governo municipal e a iniciativa privada, possibilitarão a conservação do prédio do Palácio de Cristal, de 1,5 mil metros quadrados e 45 anos de construção, assinado pelo arquiteto Roberto José Goulart Tibau. Foto por: Élcio Alves/AAN Foto por: Élcio Alves/AAN Foto por: Élcio Alves/AAN Foto por: Élcio Alves/AAN Foto por: Élcio Alves/AAN Foto por: Élcio Alves/AAN Foto por: Élcio Alves/AAN Exibir legenda 1100
O Palácio de Cristal, "casa" da Campinas Decor 2016: investimentos de R$ 7 milhões e expectativa de 35 mil visitantes. As organizadoras da mostra Stella Patana Tozo e Sueli Cardoso destacam o espelho d?água com 90 centímetros que contorna a edificação.
O Palácio de Cristal, "casa" da Campinas Decor 2016: investimentos de R$ 7 milhões e expectativa de 35 mil visitantes. As organizadoras da mostra Stella Patana Tozo e Sueli Cardoso destacam o espelho d?água com 90 centímetros que contorna a edificação.
O Palácio de Cristal, "casa" da Campinas Decor 2016: investimentos de R$ 7 milhões e expectativa de 35 mil visitantes. As organizadoras da mostra Stella Patana Tozo e Sueli Cardoso destacam o espelho d?água com 90 centímetros que contorna a edificação.
O Palácio de Cristal, "casa" da Campinas Decor 2016: investimentos de R$ 7 milhões e expectativa de 35 mil visitantes. As organizadoras da mostra Stella Patana Tozo e Sueli Cardoso destacam o espelho d?água com 90 centímetros que contorna a edificação.
O Palácio de Cristal, "casa" da Campinas Decor 2016: investimentos de R$ 7 milhões e expectativa de 35 mil visitantes. As organizadoras da mostra Stella Patana Tozo e Sueli Cardoso destacam o espelho d?água com 90 centímetros que contorna a edificação.
O Palácio de Cristal, "casa" da Campinas Decor 2016: investimentos de R$ 7 milhões e expectativa de 35 mil visitantes. As organizadoras da mostra Stella Patana Tozo e Sueli Cardoso destacam o espelho d?água com 90 centímetros que contorna a edificação.
O Palácio de Cristal, "casa" da Campinas Decor 2016: investimentos de R$ 7 milhões e expectativa de 35 mil visitantes. As organizadoras da mostra Stella Patana Tozo e Sueli Cardoso destacam o espelho d?água com 90 centímetros que contorna a edificação. O local, inicialmente construído para receber o Instituto Brasileiro do Café, abrigou até o início deste ano o Arquivo Municipal de Campinas. A construção em si é uma referência na arquitetura do estilo franco-suiço Le Corbusier, pela predominância do concreto aparente. Segundo a organizadora Stella Patana Tozo, um dos destaques na parte externa da obra é o espelho d’água com 90 centímetros que contorna a edificação. A parte inferior, com pé direito duplo, abrigará a residência de uma família fictícia, com diversas salas, banheiros, suítes e home cinema, além de ambientes funcionais para atendimento aos visitantes, como restaurante - tudo distribuído em 700 metros quadrados. No segundo piso, haverá um café, lofts e estúdios variados. “O local favorece os ambientes externos com muito verde. O público gosta de mostras realizadas em parques, que é um atrativo a mais para as famílias”, diz a organizadora Sueli Cardoso. Ela acredita que a amplitude dos espaços, a suntuosidade e beleza do prédio devem fazer a edição 2016 uma das mais marcantes dos últimos anos. A crise econômica atraiu nomes que não participaram das últimas edições. Além de aumentar o interesse dos profissionais, também despertou fornecedores e patrocinadores para a visibilidade que a mostra proporciona. A Campinas Decor 2016 será a quinta edição da mostra a acontecer em um prédio público. A primeira iniciativa nesse sentido aconteceu em 2003, justamente no Lago do Café, com a recuperação do casarão. Depois vieram a Estação Guanabara (2008), o Instituto Agronômico de Campinas (nas edições de 2009 e 2010, em edifícios diferentes) e a Estação Cultura (2011). Casa Cor terá telas à venda para ajudar Centro Boldrini A venda de 19 telas em uma ambientação durante a 7ª Casa Cor Campinas, que acontece de 15 de março a 1ª de maio no Condomínio Entreverdes, vai levantar fundos para o Centro Infantil Boldrini. As obras poderão ser vistas na “Casa Tropicália”, um dos espaços da mostra, assinado pelo escritório Guardini Stancati Arquitetura e Design. As telas foram doadas com apoio de Sueli Pennone, escritório de Campinas especialista em arte e captação de obras para doação. O Boldrini é o maior hospital da América Latina no atendimento a portadores de doenças onco-hematológicas e atualmente atende cerca de 10 mil pacientes - cerca de 80% pelo Sistema Único de Saúde (SUS). As telas são de 17 artistas diferentes: Adielson Rodrigues, Adriano Carvalho, Carla Stancati, Cris Araújo, Dalmo Peres, De Sordi, Luis Roberto C. Rios, Marcello Delova, Maria Jordão, Monica Di Pietra, Olívia Niemeyer, Osny Marino, Paulo Rava, Rachell Ferrari, Silvia Matos, Vera Ferro e André Poli. Todos criaram pinturas abstratas de acrílico sobre tela na medida 1,2mx1,2m. Cada artista estipulou o valor dos quadros, que variam de R$ 1,2 mil a R$ 12 mil. Se todas as obras forem vendidas, o valor total será de R$ 74,4 mil. A artista Vera Ferro doou uma tela da série “Labirintos”, que segundo ela resultou de uma pesquisa sobre os labirintos, “formas usadas pela humanidade desde os mais remotos tempos que sugerem a busca interna de si mesmo e o posterior retorno, a volta para o mundo”. Já a obra “Top Models” de Luis Roberto C. Rios, abrange a estética do mundo da moda num grafismo solto. “Corpos clonados, quase idênticos, uma alegoria quase crítica aos padrões de beleza impostos”, disse. “Rastro” é o título da obra de Olívia Niemeyer. Segundo a artista, a tela retrata que “algo passou por aqui e deixou uma marca, uma cicatriz, um rastro”. A obra de Carla Stancati, “Horizontes Tropicais”, também faz parte da mostra e traz as cores e nuances do nosso Brasil. Para Silvia Brandalise, presidente do Boldrini, a arte sempre foi uma aliada do hospital. “A beleza não elimina a tragédia da dor ou da doença, mas a torna suportável”.