LONGA ESPERA

15 anos depois, viaduto construído sobre a Rodovia Anhanguera é liberado

Acesso perigoso motivou interdição que durou mais de uma década; viaduto liga Jd. Vovô e Jd. Pacaembu aos jardins Aurélia e Garcia

Da Redação
01/02/2024 às 08:49.
Atualizado em 01/02/2024 às 08:49
Acesso ao viaduto pode ser feito por motoristas que trafegam pelos dois sentidos da Anhanguera (Rodrigo Zanotto)

Acesso ao viaduto pode ser feito por motoristas que trafegam pelos dois sentidos da Anhanguera (Rodrigo Zanotto)

Depois de uma espera de 15 anos, finalmente o viaduto que liga os jardins Vovô e Pacaembu aos jardins Aurélia e Garcia foi aberto na quarta-feira (31). O viaduto, que foi construído sobre a Rodovia Anhanguera, no km 97+300m, com tráfego em duplo sentido, estava interditado por uma ação judicial em razão do perigo no acesso. Para que ele fosse liberado ao tráfego, foram necessários ajustes na alça de acesso à marginal da Anhanguera, no sentido São Paulo, para proporcionar a circulação e regularização de acesso, entre outras adequações.

Com a liberação haverá maior fluidez no trânsito da região, principalmente para quem vai para o Campo Grande e quem acessa o Hospital PUC-Campinas. Em fevereiro de 2023, em um vídeo compartilhado nas suas redes sociais, o prefeito Dário Saadi (Republicanos) anunciava o início das obras que permitiriam a liberação do local. “Esse viaduto está interditado por problemas judiciais. Como aqui há um empreendimento muito grande, conseguimos um acordo com a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) para que ele assuma a obra”, afirmou Saadi na época da gravação do vídeo. 

A nova alça de acesso do viaduto do Jardim Garcia foi feita por contrapartida de uma empresa atacadista que também foi responsável pela obra. Com investimento de R$ 4 milhões para a execução das obras de melhoria do acesso, o projeto foi aprovado pela Prefeitura, pela Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) e pela concessionária CCR Autoban.

“No meu governo, nós retomamos essa negociação e conseguimos o entendimento da empresa para fazer o projeto que a concessionária e a Justiça exigiam. Foi um esforço imenso de articulação e convencimento da iniciativa privada para executar a obra de acordo com o questionamento judicial da concessionária”, disse o prefeito, na quarta-feira (31), durante a abertura do viaduto.

O acesso a esse viaduto poderá ser feito por motoristas que trafegam pelos dois sentidos na Anhanguera, pela marginal. No sentido Interior, com destino ao Jd. Garcia, o motorista deve utilizar o acesso para a Avenida Padre Gaspar Bertoni, na altura do km 97 Norte, seguindo pelas ruas Antônio Nunes dos Santos e Antônio Rodrigues Carvalho, assim chegando diretamente ao viaduto. No sentido capital, que tem como destino o Jd. Pacaembu, deve optar pelo acesso à Rua Euclydes Vaz de Campos Filho.

Com a liberação, o prefeito previa a geração de ao menos 700 postos de trabalho, a partir da implantação de três grandes empreendimentos - uma loja de material de construção, um atacarejo e um shopping center. O trabalho pela liberação do viaduto foi feito em conjunto pela Administração e o empreendimento local.

De acordo com o secretário de Infraestrutura, Carlos José Barreiro, esse viaduto se caracteriza como uma nova porta de entrada para a cidade. “Ele liga dois bairros importantes e se caracteriza como uma nova porta de entrada na cidade para quem vem da capital e para quem vem do interior. A população que mora na região também será beneficiada com esse acesso”, disse.

INTERDIÇÃO

Quando foram anunciadas as obras de acesso, o secretário de Infraestrutura explicou o motivo da interdição, que durou 15 anos. “Em razão da construção das marginais da Rodovia Anhanguera, o acesso ao viaduto tornou-se perigoso. Caminhões e carretas tinham de fazer manobras arriscadas para acessá-lo."

Por conta disso, a CCR AutoBAn, concessionária que administra esse trecho da Anhanguera, entrou com uma ação judicial proibindo a Administração de abrir o acesso ao viaduto até que um novo fosse construído. “A concessionária alegou que, se o viaduto ficasse aberto, aumentaria muito o fluxo de veículos naquela região”, continuou Barreiro. A alegação era a de que quanto mais veículos passassem por aquele trecho, considerado perigoso, maiores seriam as chances de ocorrência de acidentes. O juiz aceitou o argumento e decidiu pelo bloqueio do viaduto.

Em abril de 2020, o viaduto chegou a ter o tráfego liberado pela Empresa Municipal de Desenvolvimento (Emdec). Na ocasião, foi permitida apenas a passagem de carros de passeio e motos, ou seja, os caminhões não poderiam transitar por lá devido aos riscos mencionados pelo secretário. Segundo ele, o viaduto ficou aberto por cerca de dois dias, mas a CCR AutoBAn logo recorreu e conseguiu que o viaduto fosse fechado novamente.

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