DROGAS

Campinas terá recursos federais contra o tráfico

Secretaria Nacional de Segurança Pública enviará equipamentos para dar apoio ao policiamento ostensivo nas ruas

Luciana Félix
26/07/2013 às 11:00.
Atualizado em 25/04/2022 às 07:31

Campinas receberá do governo federal um reforço na área de segurança pública para o combate ao tráfico de drogas. A Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) enviará até o fim deste ano equipamentos para dar apoio ao policiamento ostensivo nas ruas do município. Serão enviados à cidade três bases de policiamento móveis, cada uma com um kit de 20 câmeras de videomonitoramento, além de duas viaturas de policiamento, duas motocicletas, 150 pistolas de condutividade elétrica e 450 sprays de pimenta. Além de Campinas, outras 11 cidades do Estado receberão os equipamentos que visam quebrar o vínculo entre o traficante e o usuário em áreas conhecidas por terem tráfico de drogas. O governo investiu cerca de R$ 33 milhões em equipamentos para os municípios. A secretaria não informou o valor do recurso referente aos equipamentos que serão encaminhados a Campinas. O reforço na segurança faz parte do programa Crack, é Possível Vencer, que encaminha recursos federais para as áreas de Assistência Social, Saúde e Segurança Pública com o objetivo de ampliar a oferta de serviços para enfrentamento ao crack e outras drogas.Além dos equipamentos o programa capacitará profissionais de segurança pública que atuarão nas bases móveis e também policiais militares do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), que atuam com atividades de prevenção primária nas escolas. Mais recursosNa semana passada a Instituição Padre Haroldo firmou convênio com a Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad) para aumentar o número de leitos gratuitos para o tratamento de usuários de drogas, em especial crack. Hoje, são 20 vagas de que a comunidade terapêutica dispõe para o tratamento sem custo ao paciente. Com a parceria, o número subirá para 90. Atualmente a lista de espera soma pouco mais de 50 pessoas que querem internação voluntária no local. O convênio será assinado em agosto, mesma data em que as vagas serão abertas. Do total, 60 serão disponibilizadas para homens, 30 para mulheres e outras 30 para adolescentes. O contrato é válido por um ano, prorrogável por mais um. A parceria também integra o programa federal Crack, é Possível Vencer. O governo custeia mensalmente parte da internação na instituição — R$ 1 mil para adultos e R$ 1,5 mil para adolescentes. O valor não cobre o total gasto mensalmente com o acolhimento, que chega custar R$ 2,4 mil. Porém, ajuda a instituição a receber mais pessoas interessadas no trabalho de acolhimento e recuperação. “É um fôlego que recebemos já que nossa lista de espera é grande. Além de termos problemas com nosso déficit anual que está em R$ 800 mil. Mas estamos aqui para dar esse atendimento ao máximo de pessoas que conseguirmos e que necessitam”, afirmou o presidente da instituição, Luis Roberto Sdoia.

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