Foi confirmado nesta quinta-feira (7) o segundo caso de febre maculosa este ano em Campinas. A doença é grave e pode levar à morte. A confirmação do contágio foi feita pelo laboratório de análises do Instituto Adolfo Lutz. A Prefeitura, entretanto, tem conhecimento do caso desde setembro, quando uma professora de 38 anos, que dá aulas na rede municipal de ensino no Jardim São Domingos, na zona Sul da cidade, sentiu-se os sintomas da doença e começou a tratar-se no Centro de Saúde Paranapanema. Segundo o Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), a mulher está curada. A suspeita é que a professora tenha se contaminado na EMEF Odila Maia Rocha Brito, onde leciona. A escola fica às margens de uma lagoa onde há capivaras. O animal é o hospedeiro do carrapato estrela, o transmissor da doença. No local funciona, também, uma creche e um posto de saúde. No ano passado, a escola foi alagada pela lagoa. O pátio foi interditado por alambrados, mas a medida não foi suficiente para a presença dos carrapatos. Há mais de um mês o Devisa está investigando o caso. Caso se confirme que foi na escola, disse que pretende trabalhar para disseminar medidas educativas, para verificar se há outros casos suspeitos e para a redução o risco de contaminação. A febre maculosa é uma doença endêmica na região de Campinas. Embora seja de baixa incidência, é atualmente um dos grandes problemas de saúde pública no Estado de São Paulo, sobretudo pelas elevadas taxas de letalidade associadas a doença entre 20% e 40%. Em 2012, Campinas registrou cinco casos da doença. Três pessoas morreram. Em 2013, foram dois casos e uma morte. Veja também Campineiros têm receio de parque revitalizado Funcionário do espaço morreu após ser picado pelo carrapato-estrela e contrair a febre maculosa Campinas reabre espaço infectado por carrapato após quatro anos População deve evitar a vegetação, não pisar no gramado da área verde e nem ficar próxima ao lago