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Campinas recorre a universidades para combater dengue

Solicitação foi feita à Unicamp, PUC-Campinas e São Leopoldo de Mandic; alunos poderão participar do atendimento

Sarah Brito
08/04/2015 às 05:00.
Atualizado em 23/04/2022 às 17:02
Equipes da Prefeitura limparam terrenos que podem servir de criadouro para o Aedes aegypti ( César Rodrigues/ AAN)

Equipes da Prefeitura limparam terrenos que podem servir de criadouro para o Aedes aegypti ( César Rodrigues/ AAN)

A Secretaria de Saúde de Campinas requisitou reforço das universidades de medicina de Campinas para ajudar no tratamento de pacientes com dengue na cidade, que enfrenta este ano uma segunda epidemia.   A reunião ocorreu há duas semanas com diferentes entidades, entre Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), PUC-Campinas e São Leopoldo de Mandic, e os alunos que tiverem interesse poderão participar do atendimento, como atividade extracurricular.   Uma nota publicada no site Hospital de Clínicas (HC), pela Unicamp, convoca os alunos para a situação que é vivida na cidade, chamada de "calamidade" e que "tende a piorar nas próximas semanas" .De acordo com a nota, a "a prioridade neste momento é viabilizar, apesar do número crescente da demanda, o atendimento dos pacientes suspeitos nas próprias Unidades Básicas de Saúde nas próximas seis semanas, quando se espera o maior número de casos".   A nota foi divulgada no dia 31 de março e a diretoria do hospital assina o comunicado. Os alunos participariam primeiro de uma reunião no dia 1º de abril, para organizar o cronograma de atividades.As ações da Unicamp seriam voltadas para as regiões Norte (Barão Geraldo e São Marcos) e Leste (Alphaville, Nova Campinas). Foram chamados alunos do primeiro ao último ano dos cursos de graduação, residentes, pós-graduandos, funcionários, profissionais contratados para o ensino e docentes. As atividades poderão ocorrer nos horários de atividades acadêmicas, desde que com aval.O HC da Unicamp também pretende criar um atendimento especial para pacientes que precisem de hidratação, em uma área anteriormente ocupada pela infusão de quimioterapia. Isso é chamado de "segunda porta" , e a medida é adotada nas unidades básicas de Campinas. O hospital também pretende instalar dois contêineres fora do Pronto Socorro para atendimento de dengue, uma vez que o hospital está com alas em reforma.O secretário de Saúde de Campinas, Carmino de Souza, confirmou que houve o pedido às instituições, mas que no sentido de oferecer uma oportunidade de ensino e aprendizado. De acordo com ele, a nota está "descontextualizada".   "Eu, enquanto estudante de medicina, participei de várias campanhas, de meningite, HIV, e foi importante. É um ato de cidadania. A Prefeitura tem realizado as ações de dengue e cuidado da situação, não é nada particular", disse.Ele afirmou ainda que conversou com a diretoria do hospital e que não existe calamidade, e que o número de mortos informado - que segundo a nota é o mesmo que o ano passado - está errado. Hoje, Campinas tem confirmado três óbitos. Ano passado, foram nove mortes. O Hospital de Clínicas informou, por meio de assessoria de imprensa, que a ação é realizada anualmente, assim como a área específica para atendimento de pacientes com dengue. Os alunos interessados - de qualquer Universidade - são supervisionados pelas instituições durante o trabalho de atendimento aos pacientes de dengue.

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