MOBILIDADE URBANA

Campinas prevê 123 km de ciclovias em 20 bairros

A Prefeitura apresentou o projeto previsto para ser implantado até 2016

Luciana Félix
07/04/2015 às 05:00.
Atualizado em 23/04/2022 às 16:53
Rosária elogia ciclovia em Barão, mas vê risco ao transitar em ciclofaixa  ( Edu Fortes/ AAN)

Rosária elogia ciclovia em Barão, mas vê risco ao transitar em ciclofaixa ( Edu Fortes/ AAN)

A Prefeitura apresentou nesta segunda-feira (6) o plano cicloviário previsto para ser implantado em Campinas até 2016. Ao todo serão 122,8 quilômetros de ciclovias construídas em ao menos 20 bairros. Todas serão implantadas em canteiros centrais de vias importantes com sinalização e semáforos próprios, em cruzamentos, para a integração com o trânsito local. As primeiras vias que receberão as ciclovias serão as avenidas Mackenzie, no bairro Notre Dame; Baden Powell, no Jardim Nova Europa; e José de Souza Campos (Via Norte-Sul), na Nova Campinas. Bairros como Jardim Campos Elíseos, Campo Grande, Boa Vista e Jardim Garcia também receberão o modal em uma segunda etapa do projeto.   Integração com ônibus   A maior parte das ciclovias terá pontos de parada nos terminais de ônibus e também nos futuros terminais de transferências dos BRTs (Bus Rapid Transit, ônibus de trânsito rápido). Nesses locais serão construídos bicicletários para haver integração entre os meios de transporte e facilitar a mobilidade dos usuários.   Juntamente com o plano apresentado, também foi entregue o projeto de construção de 13,7 quilômetros de ciclovias que integrará o entorno por onde circulará os BRTs. Os modais contemplarão áreas das regiões do Campo Grande e Ouro Verde para ajudar no acesso aos ônibus rápidos.   Outros locais   Já, outros 52 quilômetros de ciclovias também foram apresentados no plano da Prefeitura, porém devem ser realizados após 2016. Esse projeto atinge áreas do Aeroporto Internacional de Viracopos e das rodovias Santos Dumont (SP-075) e Miguel Melhado de Campos (SP-324), localizados na mesma região. Somando todas os modais do projeto, a cidade pode chegar a 188 quilômetros de ciclovias.   As características das ciclovias são de 2,5 metros de largura e com pavimentação. O sentido será duplo. "Nossa proporção veículo/habitante chega a ser maior que a de São Paulo. Precisamos, desde agora, fazer uma inversão dessa lógica, apostando em meios de transporte não poluentes, que beneficiem a saúde das pessoas", afirmou o prefeito Jonas Donizette (PSB).   Atual   Hoje, Campinas possui 11,3 km de ciclovias implantadas (Taquaral, Taquaral Anhumas, Amarais, Barão Geraldo e Francisco de Toledo) onde não há nenhum tipo de integração. Diferente das ciclofaixas, delimitadas por sinalização e data de uso específica, as ciclovias são separadas fisicamente do tráfego comum, em um espaço apenas delas.   A construção do novo modal tem a intenção de incentivar o uso da bicicleta como meio de transporte, integrado ao uso do transporte coletivo público ao longo dos anos na cidade.   Primeira fase   Ao todo, o plano apresentado contempla quatro fases. A primeira, segundo a Prefeitura, já foi iniciada e prevê a construção de 16 km de ciclovias até o final deste ano. Elas ficarão nas avenidas Mackenzie, que terá um trecho de 6,7 km, na Baden Powell, que já começou a ter antenas e postes de energia removidos, com 1,6 km de modal e, a Norte-Sul, com 1,3 km. Nesses locais as obras contarão com investimentos da iniciativa privada.   Ainda na primeira fase, o distrito de Barão Geraldo receberá um trecho de 2,1 km, que parte da Rua Luiz Vicentin até Avenida Santa Isabel. Para construir a nova ciclovia no distrito, a Prefeitura buscou recurso do Fundo de Interesses Difusos (FID) da União. Assim que a verba for aprovada, começa o processo licitatório para a implantação desse trecho.   Licitaçao   Ainda na primeira fase a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) abrirá licitação nas próximas semanas para a contratação da empresa que elaborará os projetos executivos para as obras nas ciclovias da Avenida Washington Luiz (950 metros) e Taquaral Theodureto (1,6 km). Além de três trechos no distrito de Nova Aparecida, que somam 2 km. Totalizando 16,3 km.   A intenção segundo o presidente da Emdec e secretário de Transportes, Carlos José Barreiro, é entregar as ciclovias sem onerar os cofres públicos. "Vamos buscar fontes de financiamentos para a execução dos projetos". Entre as formas previstas pelo secretário estão: Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), Fundo de Interesses Difusos (FID), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) e Fundo de Recuperação, Manutenção e Preservação do Meio Ambiente (Proamb).   Outra fase   A segunda fase do projeto prevê 22 novas ciclovias, totalizando 95,1 quilômetros. Entre elas a que terá o maior trecho será a do Campos Elíseos/Vila Aeroporto com 12,8 km divididos em quatro trechos.   Os trechos das ciclovias da fase dois foram separados em cinco grupos de implantação. Com base nesses grupos de implantação, serão feitas as licitações dos projetos executivos. À medida que conseguir os recursos necessários, a Administração abrirá novas licitações, para as obras. Ou seja, primeiro serão contratadas as empresas que farão os projetos executivos das ciclovias, e em um segundo momento haverá outra licitação, para selecionar as responsáveis pela construção.   Integração   Na terceira etapa as ciclovias serão ligadas ao Sistema BRT, que somam 13,7 km. Ao final da implantação. Na quarta etapa, serão 52,4 km de ciclovias.  "A nossa intenção é implantar, em todas as regiões do município, trechos de ciclovias que representem uma verdadeira opção à população de usar a bicicleta como meio de transporte, para pequenos deslocamentos", disse o secretário. A malha cicloviária foi debatida pela Emdec com cicloativistas, membros da Comissão Permanente de Mobilidade Urbana da Câmara Municipal e integrantes do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT), contemplando diferentes regiões da cidade. "Esse plano foi construído em um diálogo com a população. Segue uma lógica que estamos implementando em Campinas, de fazer com que as pessoas possam se locomover o menos possível para trabalho, lazer, compras e serviços, tendo microrregiões nas quais convivam melhor, sem fluxo demasiado de transporte. Isso aumentará a qualidade de vida dos campineiros", disse o prefeito.Fase 1 - (16,3 km)Avenidas Mackenzie: 6,7 km; Baden Powell: 1,6 km;José de Souza Campos: 1,3 km;Barão Geraldo: 2,1 km, entre Rua Luiz Vicentin à Av. Santa IsabelWashington Luiz: 950 m;Taquaral Theodureto: 1,6 km;Nova Aparecida:2 km;Fase 2 - (95,1 km)Campos Elíseos Vila Aeroporto: 12,8 kmPresidente Juscelino: 8,3 kmCampo Grande Itajaí: 7,9 kmBoa Vista: 7,6 kmTaquaral Mackenzie: 7,2 kmNorte-Sul: 6,8 kmPiçarrão: 5,6 kmJardim Garcia: 4,9 km Anhumas: 4,5 kmNorte-Sul: 4 km São José dos Campos: 3,7 kmBarão Geraldo: 3,6 kmAmarais: 3,3 kmVila União: 3,3 kmOuro Verde: 2,6 kmPirelli Sirius: 2,3 kmCarlos Lourenço: 2,2 km (três trechos)Washington Luiz: 1,3 kmVida Nova: 1,2 km (dois trechos)Baden Powell: 620 metrosTaquaral Anhumas: 450 metrosFase 3 - (13,7 km)Ciclovias interligadas ao BRT e Rotas CicláveisFase 4 - (52,4 km)Ciclovias interligadas ao aeroporto de Viracopos e as Rodovias Santos Dumont (SP-075) e Miguel Melhado de Campos (SP-324).

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