Ideia da campanha é conscientizar a população sobre necessidade de diagnóstico precoce
Prédios da PUC-Campinas serão iluminados; professor de medicina da instituição é um dos articuladores da campanha ( Cedoc/RAC)
Campinas vai participar do “Outubro Rosa” pela primeira vez. A campanha começou nos anos de 1990 e que tem como objetivo conscientizar a população sobre a necessidade do diagnóstico precoce do câncer de mama.Para tanto, o movimento ilumina com a cor monumentos históricos, prédios, equipamentos públicos e instituições privadas, além de promover seminários, palestras, ações de alerta, orientação e encaminhamento médico.Em Campinas, Sanasa, CPFL, Viracopos, PUC, CAISM e a Câmara Municipal estão entre os edifícios que deverão ser iluminados. “A nossa expectativa é que a adesão seja uma das maiores do País”, diz o professor da Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), Everardo de Carvalho, um dos articuladores da campanha. PrevençãoO Brasil registrou no ano passado, 53.700 casos de câncer de mama. Treze mil mulheres morreram. Esta é a segunda causa de morte de mulheres no País, perdendo apenas para os problemas cardiovasculares. “O mais importante dessa campanha é sensibilizar as mulheres a procurarem o médico e realizarem o diagnóstico precoce. As pessoas precisam saber que o diagnóstico precoce amplia enormemente as chances de cura. Na verdade, a cura é obtida em 95% dos casos”, alerta Carvalho.O professor garante que a cidade de Campinas é uma das mais bem preparadas do País para diagnosticar e tratar pacientes com câncer de mama. Segundo ele, a rede de atendimento na cidade funciona plenamente e por conta disso, o tratamento é iniciado com muita rapidez. “Para se ter uma ideia, existe uma lei federal que obriga a rede pública a oferecer tratamento de câncer em até 60 dias depois de diagnosticado. Aqui em Campinas, para o câncer de mama, esse prazo não chega a 30 dias”.O especialista diz muita mulheres fogem da consulta por temer um resultado positivo e este pode ser o grande erro. Ele conta que numa averiguação de rotina, feita aleatoriamente há algumas semanas, descobriu que de 20 consultas agendadas, oito mulheres não compareceram. “São essas mulheres e suas famílias que a campanha quer sensibilizar. Precisamos mostrar a elas que as chances de cura são enormes e, portanto, é muito melhor enfrentar”, ensina.CalendárioAlém de aderir à campanha iluminando o prédio, a Câmara Municipal apresentará um projeto que coloca a campanha no calendário oficial do município. Assim, será realizada todos os anos na cidade. História da Campanha O movimento começou quando um laço cor-de-rosa foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York, em 1990. Desde então, ela é promovida anualmente na cidade.Em 1997, entidades das cidades de Yuba e Lodi, também nos Estados Unidos, começaram efetivamente a comemorar e fomentar ações voltadas a prevenção do câncer de mama, denominando como “Outubro Rosa”.Para sensibilizar a população, as cidades se enfeitavam com os laços rosas, principalmente nos locais públicos, depois surgiram outras ações como corridas, desfile de modas com pessoas que tinham superado a doença e atividades educacionais e esportivas.