PATRIMÔNIO

Campinas estuda tombar três coretos da região central

Para os moradores, o possível tombamento é importante para que as construções sejam reformadas e voltem a ser cartões-postais da cidade

Sarah Brito
sarah.brito@rac.com.br
19/06/2015 às 05:00.
Atualizado em 28/04/2022 às 15:16

Vostume de ouvir musica na praça, tendo o coreto como palco, faz parte da cultura e formação de memória musical da cidade ( César Rodrigues/ AAN)

O Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc) abriu estudo para tombar três coretos da cidade, em praças da região central. Os coretos são considerados marcos de Campinas e o conselho vai verificar o marco histórico e peso arquitetônico dos equipamentos.O primeiro coreto fica na Praça Carlos Gomes e foi fabricado pela Cia. Mac Hardy. Ele é um dos marcos da região e usado pela Secretaria de Cultura no evento Serestas na Praça. Uma vez por mês, músicos se apresentam no local.No entanto, o coreto apresenta uma série de problemas. O teto de madeira está rachado e com parte dos tacos caídos. Também há pichações no entorno. A Praça Carlos Gomes foi revitalizada em 1914, no governo de Heitor Penteado, quando foi nivelada e ajardinada. Foi nesse ano que Campinas ganhou o coreto.A configuração atual do jardim foi elaborada a partir de um projeto orientado por Ramos de Azevedo. Além do teto de madeira, o coreto possui atlantes curvados e grades de ferro. Ele fica em frente ao arrojado Edifício Itatiaia, projetado por Oscar Niemeyer. Para a coordenadora do Condepacc, Deise Ribeiro, o estudo tem a importância de abrir frente para restauro dos coretos, do final do século 19 e começo do século 20. “Muitos deles têm adereços, enfeites que foram construídos em Campinas na fundição Lidgerwood, uma firma inglesa, onde é o museu da Cidade”, disse.A historiadora afirmou que o costume de ouvir musica na praça, tendo o coreto como palco, também faz parte da cultura e formação de memória musical da cidade. “Ficamos preocupados que os coretos pudessem ser removidos. Resolvemos estudar cada um deles e ver se é possível tombar.”Para os moradores, o possível tombamento é importante para que eles sejam reformados e voltem a ser cartões-postais da cidade. “O coreto da Praça Carlos Gomes é maravilhoso. Temos que preservar porque está detonado. Merece uma reforma, é um cartão-postal”, disse o aposentado José Chystino, de 69 anos.O pintor Rodrigo Alves de Lima, de 36 anos, disse que o tombamento é uma possibilidade de melhoria para a praça. “O povo fica só pichando, só na ‘zueira’. Tem que dar uma reformada porque é bonito para ficar esquecido”, afirmou.Os outros dois coretos são o da Praça Correio de Lemos, na Vila Industrial, e no Largo do Pará, no Centro. O Largo do Pará teve vários nomes ao longo de sua história, sendo a primeira delas Independência, no ano de 1848. Foi arborizado e ajardinado em 1899. Já a Praça Correio de Lemos é próxima do Teatro Castro Mendes, que foi reformado em 2012. Foi formada em 1906.

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