Grife lançou camisas com dizeres pejorativos a jogadores de futebol e causou revolta na internet
A grife Sergio K lançou uma coleção de camisetas voltadas para a Copa do Mundo, a intenção da grife era fazer uma brincadeira, no entanto, o lançamento causou um incômodo para o estilista brasileiro. Com frases pejorativas contra jogadores que atuarão na Copa do Mundo de 2014 e outros atletas que fizeram história no cenário futebolístico mundial. Redes sociais fervilharam com a notícia de lançamento da coleção e uma petição de repúdio contra a comercialização das camisetas que levam os dizeres "Maradona Maricón" (Maradona gay, em espanhol), "C. Ronaldo is gay" (C. Ronaldo é gay, em inglês) e "Messi Cabrón" (Messi bastardo, em espanhol). Na última segunda-feira (7) foi registrada no site avaaz.org uma petição de repúdio contra a comercialização dos produtos nas lojas que levam o nome do estilista brasileiro. Na nota de repúdio, que já conta com 466 assinaturas, o autor cita: "As referidas camisetas usam a homossexualidade como se fosse um insulto, um ataque, uma forma de diminuir as pessoas, de ridicularizá-las. Na página da grife Sergio K no Facebook, um post deixa claro o objetivo das camisetas: "que tal cutucar os argentinos com uma frase provocativa estampada numa camiseta desconfiando da masculinidade de Maradona?". Não, ser gay não faz de ninguém "menos homem", e uma "acusação" de que alguém é gay não deveria ser usada como "provocação"". Após a polêmica na internet, a grife divulgou um comunicado oficial onde nega qualquer tipo de preconceito e disse que "repudia" tal intenção. Também lembrou que já teve como garota-propaganda a transexual Amanda Lepore. “A intenção da marca Sergio K. foi criar camisetas divertidas para a Copa e não fazer qualquer tipo de discriminação. Amplamente democrática, já teve em suas campanhas personalidades do universo gay como Amanda Lepore, ícone transexual, e de forma alguma tem uma postura preconceituosa a esse respeito. Sua última campanha foi fotografada com o modelo Oliver Mastalerz. A Sergio K é voltada para o público jovem e há quatro anos faz parceria com preservativos e distribuiu os mesmo gratuitamente em suas loja. A marca repudia qualquer acusação de preconceito ao publico gay e já manifestou por várias vezes o respeito por esse público em suas campanhas”. Homofobia no futebol A homofobia no futebol brasileiro e mundial vem sendo discutida há um bom tempo. O último caso de preconceito voltado ao público homossexual no Brasil surgiu quando o atleta Emerson Sheik deu um selinho em um amigo quando jantavam em um restaurante. Apesar do atleta não ser homossexual, a imagem repercutiu na mídia e causou uma enxurrada de comentários homofóbicos de torcedores adversários.