Câmara troca carros e prevê novo mobiliário

Milene MoretoBruna Mozer A Câmara de Campinas renovou a frota de veículos usados pelos vereadores. Os 33 parlamentares terão direito a utilizar agora um Voyage zero-quilômetro até março do próximo ano por um custo total de R$ 491 mil. Os carros já estão no estacionamento da Casa. Anteriormente, os legisladores usavam um veículo Gol. Esta é a última vez que o contrato poderá ser prorrogado sem que seja necessário abrir uma nova licitação. O Legislativo informou que economizou 3,4% com a renovação e a locação de cada veículo durante a negociação para prorrogar o contrato, que custará R$ 1.560,00 ao mês por automóvel. São 35 no total — dois ficam à disposição dos funcionários do setor administrativo. O presidente Campos Filho (DEM) também se prepara para trocar o mobiliário dos gabinetes e do plenário. O Legislativo chegou a cogitar no início do ano a compra dos veículos. Em março, no entanto, o contrato com a empresa Quality Aluguel de Veículos Ltda. venceu e foi prorrogado por três meses com um valor mensal de locação de R$ 1.615,00 por carro. A presidência então optou por permanecer com o sistema de locação e prorrogar mais uma vez o contrato por nove meses. Todos os automóveis que estão à disposição dos parlamentares, segundo informações da presidência, já receberam os adesivos com a identificação dos gabinetes. Os dois únicos que não estão adesivados são os que ficam com o setor administrativo. Além de arcar com as despesas dos carros de cada vereador, a Casa também banca o combustível. A cota mensal é de 370 litros para cada um. Os carros só podem ser utilizados por um funcionário cadastrado de cada gabinete, que se responsabiliza pelo veículo. A Casa estuda mudanças em relação às regras de uso dos carros oficiais para permitir que mais de um funcionário possa dirigir. O ato da Mesa Diretora ainda está em análise. O consumo de combustível de cada carro oficial usado pelos parlamentares é descrito no portal Transparência da Câmara. O único vereador que não utiliza o automóvel por uma decisão pessoal é Artur Orsi (PSDB). Segundo interlocutores da presidência da Casa, o modelo do Voyage é simples, com motor 1.0 e sem acessórios de luxo. Polêmica A presidência da Câmara também enviou aos gabinetes dos vereadores um ofício que deve ser preenchido para verificar a quantidade de mobília que cada parlamentar quer comprar ou trocar. Segundo vereadores ouvidos pelo Correio o ofício pede um levantamento de quantos itens devem ser licitados. O chefe de gabinete da presidência, Valter Greve, disse que um edital está sendo providenciado pelo departamento jurídico para a compra das cadeiras do plenário e dos gabinetes. No plenário, muitas cadeiras foram inutilizadas por estarem quebradas. A presidência nega que será feita a troca de toda a mobília, o que inclui sofás, poltronas e mesas. A previsão da compra e da troca de cadeiras gerou polêmica entre alguns legisladores. Parte dos vereadores da Casa considera que existem compras mais urgentes, como a de computadores, por exemplo. Outros se queixam de problemas estruturais em seus gabinetes, como goteiras. Os vereadores também não querem assumir a responsabilidade da aquisição e afirmam que se a decisão da presidência for a de trocar o mobiliário, então os parlamentares não devem assinar o ofício em que solicitam a substituição. Outros vereadores alegam que, pelas normas anteriores, quando uma cadeira estava quebrada, por exemplo, só era necessário comunicar o serviço de manutenção e de relação de patrimônio para que o móvel fosse substituído. O Legislativo não informou quanto pretende gastar na troca das cadeiras.