Paulo Sérgio Camolesi (PV) assumiu compromisso com o movimento Reaja Piracicaba, que quer fim de privilégios
O mandato coletivo do vereador Paulo Sérgio Camolesi (PV) apresentou na sexta-feira (5), à imprensa, esclarecimentos sobre a nota da Câmara de Vereadores, que faz críticas à sua conduta por defender a redução do salário dos vereadores, por estar depositando em uma conta poupança o dinheiro extra do reajuste do salário e por ter assumido compromisso com o movimento Reaja Piracicaba.
A nota da Câmara, publicada no site da Casa de Leis no dia 3, informa: “Ao longo desse primeiro semestre, o vereador Paulo Camolesi tem usado a tribuna da Câmara, as redes sociais e a imprensa para mostrar a imagem de um parlamentar diferente dos demais, colocando-se como modelo a ser seguido e como alguém que é diferenciado dos demais”.
A nota diz ainda que o vereador “divulgou nas redes sociais e nos jornais locais comprovante de depósito no valor de R$ 3.160,00 (...), quando deveria ser devolvido aos cofres públicos a importância referente à diferença dos subsídios bruto, recebidos até 2012, de R$6.568,35 e R$ 10.900,00 do subsídio bruto, recebido a partir de 2013, portanto a importância correta a ser devolvida pelo parlamentar aos cofres públicos é no valor de R$ 4.331,65”.
O vereador explicou que por orientação jurídica, está depositando, em uma conta poupança, em seu nome, o valor referente ao salário líquido porque são descontados impostos do salário e aguarda a determinação judicial para que os depósitos sejam feitos nos autos da Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público.
“Outra crítica da nota é porque eu não apresento o projeto que pede a revogação do aumento. Se eu apresentá-lo, quando o Reaja Piracicaba ingressar com o PL de iniciativa popular (que tem 23 mil assinaturas), este receberá parecer contrário da Comissão de Legislação, Justiça e Redação. Trago para a Câmara o mandato coletivo, que é uma forma de participação democrática e direta da população. Não estou contra os vereadores. Estou trabalhando para o povo, porque fui eleito por ele”.
Camolesi recebeu apoio de integrantes do Reaja Piracicaba, do professor doutor Luis Fernando Amstalden, do padre Luís Antonio Favoretto, da Paróquia Santa Clara, de Antonio Carlos Danelon, do Grupo Cidadania e do presidente da Comissão de Ética e Disciplina do PSDB, Ricardo Caiuby de Faria, que destacou que o país tem a Lei da Ficha Limpa, porque o projeto recebeu 1,2 milhão de assinaturas “Quisera que não precisássemos de projetos de iniciativa popular e os congressistas terem a sensibilidade de ouvir o que os eleitores pedem e pelo menos, respeitar”, disse Caiuby Faria.