BONS VENTOS

Calmaria toma conta do ambiente do XV

A vitória em cima do Red Bull trouxe ânimo novo para o técnico Roque Júnior e os jogadores do Nhô Quim

José Ricardo Ferreira
19/02/2015 às 23:47.
Atualizado em 24/04/2022 às 00:18

Bastou a primeira vitória e o ânimo no XV de Piracicaba se transformou. O time bateu o Red Bull Brasil na quarta-feira (18) por 3 a 2, em Campinas, saiu da zona de rebaixamento, subiu para o segundo lugar no grupo D e há torcedores que voltaram a sonhar com a Série D do Brasileiro esse ano.   Nesta quinta-feira (19), o técnico Roque Júnior comandou os trabalhos para enfrentar o Linense, neste sábado (21), às 19h30, em Lins, pela sexta rodada do Paulistão.   O técnico terá à disposição os zagueiros Zelão e Wescley, recuperados de lesões. O time treinou à tarde no estádio Barão da Serra Negra após forte chuva. Nesta sexta-feira (20), os trabalhos serão mais intensos.   Aliviado por ter obtido a primeira vitória oficial, inclusive como técnico, Roque Júnior disse que o time é bom, mas os resultados não apareciam. Por isso, ele fez várias mudanças no time titular e os três pontos vieram   Na análise do treinador, o ambiente estava conturbado após quatro derrotas. Ele diz ainda que os tropeços são sentidos de forma intensa entre os atletas, mais do que pela torcida. Para Roque, o time mantinha um perfil tático e técnico positivo com posse de bola, passes, finalizações, porém, sem vencer, nada disso adiantava. “Não mudamos esse caminho e conseguimos a vitória”, ratificou.   Na avaliação do treinador, o time precisa manter-se sempre atento, isto é, tanto na defesa como no ataque. Para ele, não há bola perdida. Exemplo disso foi o gol que resultou na primeira vitória do XV sob seu comando. Ele aconteceu aos 47 minutos do segundo tempo, com o zagueiro Rodrigo, de cabeça.   A pressão que ele estava sofrendo após quatro derrotas, inclusive balançando no cargo, é observada como natural no futebol. “Isso acontece. O Rodrigo (Boaventura, presidente) acreditou e continua acreditando”, disse, se referindo ao apoio a sua permanência. Lembrou que a tabela é complicada nesse momento para o XV (de seis jogos, quatro fora) e a falta de atletas inscritos na primeira e segunda rodadas.   Embora tenha feito mudanças radicais na escalação, Roque lembrou que todos os jogadores continuam com chances de voltar ao time titular.   Na coletiva após a vitória sobre o Red Bull, Roque repetiu várias vezes que manteve seu esquema tático (no caso, 4-1-4-1), tão discutido nas quatro derrotas que acumulou. Indagado pelo repórter da Jovem Pan News, Marcelo Sá, se pensou em algum momento mudar o esquema, ele respondeu que, após a derrota para o Ituano, o tempo seria muito curto para alterar algo.   Em sua análise, seria complicado usar outra forma de jogo, já que o elenco havia assimilado seu sistema. “Quando a gente fala em esquema tático e modelo de jogo, é uma forma de jogar que está sendo implantada há algum tempo”, disse. Para qualquer ser humano, disse ele, mudar algo drasticamente é complicado. “Não mudei por isso. As equipes ‘tops’ têm dois modelos de jogar durante um ano. Você não mudaria em três dias a forma de jogar pelas derrotas e por tudo aquilo que estávamos fazendo”, explicou.

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