Caixa d'água explode em creche de Piracicaba

Uma caixa de água de 30 mil litros explodiu, na manhã do último domingo (17), na creche Escola Municipal Jardim Gilda 2, em Piracicaba. Nesta segunda (18) ainda era possível visualizar os estragos da antiga caixa (uma nova já havia sido recolocada). Com a explosão, o local onde ficam os cilindros de gás também foi totalmente danificado. As aulas foram interrompidas e os primeiros reparos, segundo a direção da escola, começaram ainda no domingo.

A caixa localizava-se nos fundos da escola e bem próxima à cozinha. A explosão foi tão forte que com a força da água um alambrado foi destruído. O cenário de destruição nos fundos da escola ainda era grande, com estilhaços da caixa espalhados por todos os lados. Segundo um dos moradores do bairro, que não quis se identificar, a caixa já estaria com problemas há mais de um mês e a Prefeitura já havia ido até o local, mas feito apenas um reparo emergencial, chamado por ele de "gambiarra".

A dona de casa Pâmela Cesário, mora em uma das residências que fica a poucos metros do local, onde houve a explosão. Sua filha Érica, de cinco anos, é uma das alunas da instituição. Ela disse que o barulho foi assustador e todos saíram para fora das casas para ver o que tinha acontecido.

"Meu marido estava sentado em frente de casa bem na hora que explodiu. Ele disse que foi tudo muito rápido. Por sorte não havia ninguém perto porque senão podia ter acontecido algo muito pior", disse Pâmela. Ela apontou ainda que há muitos dias era visível o vazamento na caixa.

"Agora nem sei quando as aulas vão voltar ao normal. Por tudo que estou vendo aí acho difícil consertarem tudo até amanhã (terça)". Outra moradora, Patrícia de Jesus, que mora bem em frente à caixa d'água, a explosão foi assustadora. "Todo mundo acordou muito assustado sem saber o que tinha acontecido e daí vimos os estragos."

Direção

De acordo com a diretora da Escola Municipal Jardim Gilda 2, Nilza Romani, a caixa existe há cinco anos e a escola está funcionando há quatro. A água utilizada pelos funcionários nesta segunda foi da rua. "Desde que notamos o vazamento na caixa na semana passada, as crianças não brincaram mais nessa área". Existem 200 alunos que se revezam nos períodos parcial e integral. Ela também disse que a ligação de gás foi prejudicada com a explosão. Nilza se recusou a dar outras informações dizendo que todos os dados seriam divulgados pela assessoria de imprensa da Prefeitura.

Sem explicação

A Secretaria da Educação foi procurada desde o início da manhã desta segunda (18) para se pronunciar sobre o assunto. À tarde, respondeu que o caso seria esclarecido pela Secretaria Municipal de Obras (Semob). A única informação passada pela Educação foi de que as aulas só seriam retomadas quando o problema estivesse resolvido.

A reportagem também questionou o Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto) que informou que os questionamentos seriam respondidos pela Educação.

Questionada sobre vários assuntos, como há quanto tempo existia esse vazamento no local, por que não havia sido trocada a caixa, e sobre a segurança, a Semob se limitou a dizer que já havia sido instalada uma caixa d'água provisória e que as aulas seriam retomadas nesta terça (19).

A nota diz ainda que a Semob, por meio de licitação, contratou uma empresa que fará a construção de um reservatório de água adequado e definitivo.

Ainda nesta segunda, o prefeito Gabriel Ferrato pediu a Arthur Ribeiro e a Vlamir Schiavuzzo, que a Semob e o Semae continuem o trabalho de inspeção das caixas d’água nas escolas, lembrando que, quando era secretário de Educação, fez a licitação para a compra e troca de 19 caixas metálicas por fibra de vidro. Nove obras já foram executadas e outras 10 estão em execução.