Compreensível a decisão de Diego Costa optar por defender a Espanha. E acho uma bobagem toda a polêmica que envolveu o caso. Até outro dia, ninguém no Brasil sabia o nome dele nem quem ele era. É verdade que o atacante do Atlético de Madrid também não era cotado para defender a Fúria até pouco tempo, mas a opção dele é clara.Pela Espanha, deve ser titular da equipe que defenderá o título da Copa do Mundo no Brasil. A equipe espanhola tem um meio-campo forte, com bom toque de bola, mas é carente no ataque. Com Fernando Torres e David Villa desgastados e longe de suas melhores fases, é natural que Vicente Del Bosque procure outro atacante. E ninguém melhor que o artilheiro do Espanhol.Por outro lado, se continuasse brasileiro, Diego Costa talvez nem pudesse participar do Mundial do ano que vem. O próprio técnico Luiz Felipe Scolari já deu a dica de que conta com Fred para a Copa. Nem podia ser diferente, depois do que o atacante do Fluminense fez na Copa das Confederações, em junho. Além disso, Neymar é titular absoluto, Hulk desempenha um papel importante no sistema montado por Felipão, que também é só elogios para Bernard. Além deles, Jô correspondeu todas as vezes em que entrou. E ele nem era opção do treinador brasileiro, que via Leandro Damião como opção para Fred.Assim, onde entraria Diego Costa? Repito, até outro dia era um mero desconhecido da torcida e também da imprensa brasileira. Ele mesmo já cansou de repetir que sua carreira foi toda construída na Europa. Para alguém que não teve oportunidades no Brasil e que saiu cedo do País para tentar a sorte em outro lugar, a decisão dele é, sim, compreensível. E ninguém tem o direito de julgá-lo.Sem Diego Costa, Felipão segue seu caminho e continua testando outros jogadores para o ataque, uma vez que Pato e, principalmente, Lucas, perderam suas oportunidades no amistoso contra a Zâmbia. Robinho ganha nova chance, porém precisa jogar mais bola para sonhar com a Copa. É o mesmo caso de Willian, do Chelsea, outra novidade da lista divulgada ontem, embora este tenha a vantagem de haver um buraco no banco de reservas da Seleção em sua posição, no meio-campo. Já o zagueiro Marquinhos, companheiro de Thiago Silva no PSG, estava merecendo uma convocação para mostrar seu futebol ao técnico. Ele pode ser um concorrente forte para Réver, Dedé e Henrique. De resto, a Seleção para a Copa já está montada na cabeça de Felipão.
