Em duas partidas como mandante na Série C do Campeonato Brasileiro, Betim atraiu só 399 torcedores
O Guarani terá um obstáculo a menos para superar na busca por mais um resultado positivo na Série C. Sábado (3), contra o Betim, na Arena do Calçado, em Nova Serrana, o Bugre não terá de se preocupar com a pressão da torcida adversária, já que enfrentará o time que menos público leva aos estádios na terceira divisão nacional. Com uma média de apenas 200 pessoas por partida, a equipe mineira ainda é a quarta pior do País nesse aspecto, considerando todas as quatro divisões do Campeonato Brasileiro.Até agora, o Betim foi mandante em duas partidas. No primeiro compromisso, apenas 196 acompanharam a derrota por 1 a 0 para o Caxias. Na vitória por 3 a 0 sobre o Macaé, o público não foi muito melhor e 203 torcedores pagaram para assistir ao jogo. Dentre todas as divisões do Brasileirão, o Betim só supera três integrantes da Série D: Ypiranga-AP (média de 195), J.Malucelli-PR (184) e Tiradentes-CE (134).Alguns fatores ajudam a explicar números tão negativos. Um deles é a falta de identificação do clube com a torcida. O Betim é o antigo Ipatinga, que chegou a ser campeão mineiro e disputar a elite nacional em 2008. No final do ano passado, no entanto, divergências políticas fizeram com que a prefeitura da cidade do Vale do Aço deixasse de apoiar o time. Consequentemente, os dirigentes resolveram transferir a equipe de local e aceitaram o convite do município que fica na região metropolitana de Belo Horizonte. No dia 6 de dezembro, a CBF reconheceu a mudança de nome e de sede.Outro motivo que ilustra a falta de público é o local em que o clube manda suas partidas. Como a cidade de Betim não possui nenhum estádio adequado para receber jogos de competições nacionais, a equipe teve que procurar outra casa e optou por atuar na Arena do Calçado, que fica em Nova Serrana, cuja distância para Betim é de quase 100km.Os bugrinos já sabem que irão atuar em um estádio vazio, mas têm opiniões diferentes sobre se isso pode facilitar a vida do Guarani. "Enfrentaremos menos pressão, mas isso pode nos acomodar, pois fica aquele clima de treino. Por outro lado, podemos ter mais facilidade para imprimir nosso ritmo", avalia o zagueiro Paulão. "Torcedor não entra em campo. Cabe a nós fazermos nossa parte", opinia o meia Ewerton Maradona.