Leilão da área que envolve a faixa central do gramado do estádio está agendado para o dia 15 de maio
Enquanto não consegue concretizar a negociação imobiliária que envolve seu estádio, o Guarani segue refém de penhoras e do risco de perder parte do patrimônio. Após seis meses, o clube volta a ser alvo da Justiça por conta das dívidas trabalhistas. Está agendado para o próximo dia 15 de maio o leilão de uma das matrículas que compõem o Brinco de Ouro. O autor da ação é o ex-meia Luiz Fernando, que defendeu o Bugre entre 1999 e 2000 e cobra do alviverde aproximadamente R$ 12 milhões.A área penhorada envolve uma das partes do campo, mais precisamente na faixa central do gramado. Por conta disso, representantes do departamento jurídico do clube não acreditam que haja algum lance capaz de efetuar a aquisição. "Acho pouco provável que alguém se interesse por ser apenas a região central, não o estádio inteiro. Por isso, entendemos que a arrematação ficará prejudicada", diz o doutor Agostinho Zechin Pereira, um dos advogados do Bugre.Segundo Pereira, o clube estuda algumas medidas para tentar adiar o leilão, embora ele acredite ser inevitável que novas penhoras aconteçam se o Guarani não for capaz de saldar logo suas dívidas. "Não é o primeiro leilão e nem deve ser o último. A dívida trabalhista é muito grande, são aproximadamente 400 ações e, como não há dinheiro para saldar, são feitas as penhoras", explica.Durante a semana, representantes do clube estiveram reunidos com a presidência do Tribunal do Trabalho apresentando o projeto imobiliário e as soluções para o pagamento das dívidas. De acordo com o advogado, a resposta da Justiça foi satisfatória. "Demonstramos a intenção do Guarani em solucionar toda a situação. A Justiça foi muito receptiva e pronta a ajudar."COMISSÃO IMOBILIÁRIADe maneira unânime, a Assembleia de Sócios autorizou, na última terça-feira (29), que o Conselho de Administração dê sequência às tratativas para a negociação do patrimônio e também foi eleita a nova Comissão Imobiliária. Agora, o grupo é formado pelos sócios Odil França, Marcelo Galli, Fernando Keppke, Anaílson Neves, Cláudio Valente e José Carlos Canuto.A realização do leilão, segundo um dos representantes da Comissão, não altera em nada o trabalho que já vem sendo realizado. "Haverá uma continuidade, no qual começamos a preparar o recebimento das propostas para levar aos associados. Não há qualquer interferência do leilão nessa situação", destaca Odil França.EM OUTUBROA última vez em que o Guarani viveu situação semelhante foi em outubro, quando aconteceu um leilão envolvendo o Estádio Brinco de Ouro. Na ocasião, não houve nenhum interessado na área, estipulada pelo Tribunal Regional do Trabalho em R$ 210 milhões.TIMEAlheio aos problemas extracampo que teimam em acontecer, os jogadores do Guarani seguem a preparação para o jogo de sábado (3), diante do Madureira. Nesta quinta-feira (1), o elenco fará o primeiro e único treino no Estádio Décio Vitta, em Americana, local da partida contra os cariocas. DEFINIÇÃONa atividade, o técnico Evaristo Piza deve definir a equipe titular. Recuperado de um desconforto muscular na coxa direita, o meia Fumagalli pode ser a principal atração entre os titulares. Caso se confirme sua presença, a tendência é que um dos volantes sejam sacados. Simião, que não treinou nesta quarta, é um dos candidatos a deixar o time.