DÍVIDAS

Brinco de Ouro vai a leilão nesta quarta

Justiça ignora os argumentos do Guarani e estádio pode ser arrematado a partir das 13h30

Henrique Nunes
henrique.nunes@rac.com.br
29/10/2013 às 21:33.
Atualizado em 26/04/2022 às 08:44

A 1ª Vara do Trabalho de Campinas indeferiu ontem o mandado de segurança protocolado pelo departamento jurídico do Guarani na tentativa de impedir a realização do leilão do Brinco de Ouro, marcado para acontecer nesta quarta-feira (30), às 13h30, na sede da Justiça do Trabalho — a presença do público e da imprensa está vetada. O veto à argumentação da cúpula bugrina encerra uma briga que se iniciou em 2010 e coloca o estádio à venda de fato pela primeira vez desde então. Em outras três ocasiões, o clube conseguiu que a medida fosse reavaliada para ganhar tempo e apresentar projeto próprio para salvar seu maior patrimônio, avaliado inicialmente em R$ 210 milhões.Agora, a esperança da direção bugrina deixa de lado critérios técnicos e aposta na recusa de possíveis compradores em colocar em risco "um dos maiores símbolos da cidade", segundo argumentou o presidente Álvaro Negrão. "O Guarani tem pelo menos 400 mil torcedores e a maioria é contrária à venda do Brinco. Acredito que, mesmo com a realização do leilão, ninguém vai ser louco de comprar uma briga desse tamanho não só com o clube, mas também com a cidade", justificou Negrão.O mandatário bugrino, ciente da negativa da Justiça, passou a tarde de ontem em busca de informações sobre como o departamento jurídico do clube irá proceder em caso de aparecer algum comprador pelo estádio. "O nosso argumento deveria ter sido levado em consideração, já que há vários erros formais na documentação utilizada para definir o leilão. Agora ainda resta a questão passional, emocional. Não é assim tão simples desfazer de um patrimônio com a história que tem o Brinco."EstratégiaPara Gustavo Tavares, advogado do clube e um dos protagonistas no imbróglio desde 2010, uma nova estratégia já está sendo traçada para impedir que a venda se concretize mesmo após o leilão. "Já mostramos os erros nas matrículas utilizadas para definir o valor do leilão. O principal erro é que elas não estavam unificadas e não levam em consideração parte do patrimônio, como o ginásio do clube e outras áreas. Como a Justiça negou essa argumentação, nossa estratégia agora deverá seguir outro caminho", indica Tavares.Uma das contrapropostas do clube é a realização de permuta no local do estádio, já que a Prefeitura de Campinas, que doou o terreno há mais de 60 anos, exige em contrato que a função das futuras obras no local "não seja desvirtuada".

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