MARIO GATTI

Briga entre pacientes e funcionários acaba na polícia

Mãe e filha denunciam ter sido agredidas por enfermeira do Mário Gatti na terça, depois de criticarem atendimento prestado a um parente delas

Rogério Verzignasse
rogerio@rac.com.br
26/03/2015 às 15:06.
Atualizado em 23/04/2022 às 17:15

Edna e a filha Laura: boletim de ocorrência por agressão ( Dominique Torquato/ AAN)

Uma briga entre pacientes e funcionários do Hospital Municipal Mário Gatti, na tarde de terça-feira, acabou na polícia. Tudo começou porque mãe e filha protestavam contra o atendimento prestado pelo médico de plantão a um parente delas. Uma enfermeira, no caso, tomou as dores do médico e começou a discutir com as duas. Acontece que a troca de ofensas evoluiu para a agressão física: tapas, mordidas, empurrões. E as envolvidas _ em carros separados, naturalmente _ foram até o 2º Distrito Policial e registraram boletins de ocorrência. As duas partes alegam que só revidaram a agressões que já tinham sofrido. A confusão por volta das 13h de terça, durante a consulta do aposentado Carlos Roberto Loureiro, um senhor de 64 anos, que estava mal havia três dias: vômito, dores no corpo, estado febril. A mulher dele, Edna Duarte de Oliveira, disse que a família suspeitava da de dengue.   O médico, no caso, decidiu que o paciente seria hidratado com soro. Mas Edna conta ter exigido que o marido fosse submetido a hemograma, para identificar o número de plaquetas no sangue.Exame que, efetivamente, constata a doença. Ao lado dela, estava sua filha, a comerciária Laura, de 30 anos, que também protestava contra o que considerou um atendimento inadequado. Aí, apareceu em cena a enfermeira Rosemary Aparecida de Almeida Primo. Ela começou a discutir com Edna e Laura, dizendo que elas não tinham o direito de dar escândalo no consultório. Nenhuma das partes admite que partiu para as agressões físicas. Os dois lados afirmam ter “testemunhas” sobre quem bateu primeiro. O fato é que todo mundo saiu com hematomas. Edna, música profissional, entrou em contato com a reportagem. Ela reconhece que o hospital público é superlotado e que o clima é nervoso, principalmente na época em que o surto da doença deixa a cidade toda em pânico. Ela admite que os próprios pacientes ficam muito nervosos.     Só que ela considerou absurda a reação agressiva da enfermeira que, segundo outros cidadãos na fila, já tinha discutido e trocado ofensas com outros pacientes, no mesmo dia. Laura, a filha do seo Carlos, disse ontem que o caso comprova o despreparo de servidores no atendimento ao público. A mãe diz ainda que tentou denunciar a enfermeira na ouvidoria do Mário Gatti, mas não conseguiu. A direção do hospital, procurada pela reportagem, informou que o caso está sendo apurado administrativamente.Admite-se, entre os funcionários, que a sobrecarga de trabalho possa ter motivado algum comportamento inadequado da enfermeira. Se sabe que a servidora é antiga de casa, e nunca se envolveu em uma situação semelhante. A confusão pode ter acontecido porque a família do paciente não conheça, efetivamente, os procedimentos para o atendimento no PS. Antes de fazer hemograma, o aposentado precisava mesmo ser hidratado com soro.Possivelmente, ele seria encaminhado para o exame de sangue em seguida.  

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