Confesso que relutei em elaborar a ideia. Ela estava na minha mente assim que acordei hoje. E há uma razão: ontem à noite, antes de dormir, estava lendo o noticiário sobre a situação política do governo Dilma com a rebelião do PMDB, a questão da inflação versus PIB durante o governo dos petralhas, as manifestações públicas de insatisfação. Também gastei tempo lendo sobre a situação política e econômica da Venezuela. Acordei com a forte convicção de que há traços de semelhança entre a Venezuela e o Brasil neste atual estágio. Tanto lá como aqui, há um presidente que se sustenta com o carisma de um líder morto (o daqui finge de morto quando lhe convém). Não fosse o apoio ao “poste” emprestado pelos líderes, eles nunca se elegeriam. A Dilma e o Maduro nunca receberam antes um voto nas suas vidas. Tanto lá como aqui, o governo se sustenta com as polpudas verbas da estatal de petróleo. Tanto lá como aqui, o governo manipula preços e verbas para autopromoção e para segurar a inflação. Lá e aqui, o governo tem mais disposição de fazer investimentos externos que nacionais. A Venezuela de Chavez andou distribuindo dinheiro para promover a sua revolução bolivariana. Aqui, o governo tem sérios problemas com a estrutura dos portos, não investe o necessário e estrangula as exportações e financia a construção de um porto em Cuba. Empresta dinheiro que não tem para ser o irmão generoso de várias nações africanas. Para ajudar a los hermanos caribeños, o governo daqui contrata a peso de ouro médicos cubanos para aqui praticarem a medicina. Tanto lá como aqui, a inflação está descontrolada. Lá e aqui, o discurso do governo é que tudo é cor-de-rosa. Todos os problemas são provocados pela oposição, que sai às ruas em manifestação de vandalismo. Tanto lá como aqui, os problemas que enfrentam são produzidos pelas nações ricas (Estados Unidos e crise europeia), mas nunca assumidos como incompetência da equipe ministerial. Lá e aqui, há os ministros fiéis como cães de guarda. Aqui, temos o Mantega, incompetência exponencializada que tudo está nos planos e os pequenos problemas são fruto das crises externas. Lá e aqui, há problemas com a balança comercial, com os gastos públicos, com os juros. Aqui, a presidente que se arvora em especialista na área energética, de uma tacada, reduz o preço da energia elétrica, descapitaliza o setor e agora precisa injetar bilhões para bancá-lo. A esta altura me pergunto se não seria o caso de unir os dois e formar a Brazuela e colocar a Dilmaduro como presidente ou um Madudilma. E todos seríamos felizes. O maduro conversa com o Chavez, que se apresenta a ele em forma de passarinho. A Dilma conversa com o quem se finge de morto e vem com soluções pragmáticas para a política de um governo de coalização com a maior bancada fisiológica do mundo. E viva a Brazuela, com Dilmaduro ou Madudilma.