DESFILE

Brasília reforça revista no 7 de Setembro

Presidente desfilou pela Esplanada dos Ministérios em carro aberto; público foi revistado e fotografado

Das Agências
07/09/2013 às 11:43.
Atualizado em 26/04/2022 às 00:47
Presidente durante o desfile de 7 de Setembro, em Brasília (Agência Brasil)

Presidente durante o desfile de 7 de Setembro, em Brasília (Agência Brasil)

Ameaças de protestos durante os desfiles de 7 de Setembro aumentaram a segurança e ao mesmo tempo esvaziaram a presença do público em várias cidades do País, o  desfile na Esplanada dos Ministérios, começou com cerca de 10 minutos de atraso este ano. A revista das tropas, agendada para 8h45, aconteceu quase às 9h. A presidente Dilma Rousseff chegou sozinha ao palanque onde acompanha o desfile com o vice-presidente, Michel Temer, e ministros do governo. Este ano, a filha, Paula e o neto, Gabriel não a acompanharam. O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, está no palanque ao lado de Dilma. Mais de 20 ministros também acompanham a passagem das tropas militares. Este ano, as arquibancadas próximas ao palanque presidencial estão mais vazias do que em anos anteriores.A polícia militar decidiu vistoriar e "catalogar" pessoas mascaradas que chegam à Esplanada dos Ministérios. Em seguida, há a liberação da passagem dos cidadãos pelas barreiras que limitam a área do desfile militar oficial do País.A ação com os mascarados ocorre da seguinte forma: eles são parados nas barreiras, são solicitados a retirarem a máscara e apresentarem um documento de identidade. Em seguida, os policiais tiram uma foto da pessoa sem a máscara e fazem a anotação do nome, do número do documento e do tipo de máscara que é usado. Só então, a passagem é liberada. Quem não tiver documento ou não obedecer às orientações da polícia, não passa pelas barreiras. Em uma delas, dois mascarados portavam uma bandeira com o dizer "revolta popular" e o símbolo do anarquismo. Mesmo com grande público, ainda há lugares nas arquibancadas da Esplanada dos Ministérios, montadas para o desfile do Dia da Independência. Se no ano passado havia fila para ter acesso aos lugares, neste ano foi possível assistir ao desfile sentado. Quem foi para a Esplanada dos Ministérios acredita que as notícias das manifestações assustaram a população, já que são esperadas 50 mil pessoas nos protestos durante todo o sábado. O Exército, responsável pela área do desfile, e a Polícia Militar do Distrito Federal ainda não têm uma estimativa de quantas pessoas estão no local. Liney Ney Oliveira, de 81 anos, não deixou de ir. Na semana, fez uma cirurgia nos olhos, a médica recomendou cuidado, mas ela, que veio para Brasília acompanhando o marido, que integrou o Regime de Cavalaria de Guarda na fundação da cidade, não poderia perder o desfile. "É sempre bom. Eu filmo e depois revejo em casa com as minhas amigas", diz. O marido de Liney, Edson Oliveira, de 82 anos, acordou cedo para ver o desfile. O filho do casal, Sérgio Ney, de 53 anos, tomou algumas precauções, estacionou o carro o mais próximo possível, para proteger os pais em caso de tumulto. Bárbara tem 7 anos e foi ver a parada pela primeira vez com os pais. Ela mora em Planaltina. Acordou cedo e se dirigiu à Esplanada, atraída por uma aula que teve na escola. "Eu ainda não conhecia", diz com um sorriso. Apesar de estar ventando e de não fazer muito calor, o Exército recomenda que as pessoas bebam água e se alimentem, por causa da seca. Em toda a extensão do desfile foram montados 14 postos de atendimento básico. O Exército está preparado para medir a pressão e a glicose. Há também camas para repouso. Ambulâncias estão a postos para problemas mais graves. Veja também Protesto no desfile cívico do Rio já tem 4 detidos Cerca de 200 pessoas protestam na Avenida Passos, há bandeiras de movimentos sociais

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