Brasil perde para Cuba no Pan-Americano

Um drama em Toronto digno de um confronto entre Brasil e Cuba no vôlei. Neste domingo (19) pela segunda rodada de grupo dos Jogos Pan-Americanos, a seleção masculina perdeu no tie break (20/25, 25/28, 23/25, 25/22 e 11/15) em 2h18 minutos de partida. Na próxima terça-feira, o Brasil enfrenta a Argentina.Depois de uma estreia tranquila diante da Colômbia, os garotos que defendem o Brasil no Pan (alguns sub-23), pois a equipe principal está na Liga Mundial, encararam um adversário ‘carne de pescoço’. Mais experientes, os cubanos exploraram bem a defesa brasileira e também o controle emocional.Com 1 a 1 no placar, o terceiro set ficou mais quente com os cubanos provocando e os brasileiros entrando no descontrole. O bloqueio não funcionou bem e o saque poderoso de Cuba ditou o ritmo.Com 2 a 1 no jogo e perdendo o quarto set por 11/8, a seleção mostrou seu poder de reação com defesas espetaculares do líbero Tiago Brendle e ataques mais certeiros. O Brasil conseguiu empatar em 19/19 a parcial, foi crescendo e fechou em 25/22, mas no set decisivo, as irregularidades do começo da partida voltaram a acontecer e Cuba venceu por 15/11.“No quarto set demonstramos uma força de recuperação para compensar os inícios fracos de set que tivemos, mas o tie break ficou em aberto e assim como aconteceu em boa parte do jogo, eles dominaram o placar. Foi um jogo bem disputado e eles têm muita agressividade em todos os fundamentos”, analisou Tiago Brendle, que nesta temporada defenderá o Vôlei Brasil Kirin.Rubinho, auxiliar-técnico de Bernardinho, chegou um dia antes em Toronto devido a eliminação do Brasil na Liga Mundial, e acompanhou do banco de reservas a derrota no Pan.“Uma partida bem difícil. Esta equipe do Brasil é jovem e diante de um time experiente como o de Cuba teve muitas dificuldades. Creio que a Argentina é ainda mais forte que a de Cuba na parte técnica. Este Pan é importante para o progresso desta equipe”, afirmou.Quanto a provocação dos cubanos, Rubinho reconheceu que apenas a rodagem e a maturidade farão com que os jogadores não se deixem interferir. “São jovens, reagem à provocação. Eles têm que saber que vai acontecer, Cuba tem estas peculiaridades”, finalizou.