SUPERLIGA

Brasil Kirin luta, mas é derrotado pelo Sesi

Não faltaram emoção e vôlei de alto nível no 2º duelo da série, vencido pelo time paulistano por 3 sets a 2

Renata Rondini
05/04/2014 às 16:42.
Atualizado em 27/04/2022 às 01:21

A torcida campineira viveu um momento histórico, neste sábado (5), no Ginásio do Taquaral. A vitória necessária para o Vôlei Brasil Kirin continuar na briga por uma vaga na decisão da Superliga Masculina não aconteceu. Contudo, o duelo com o Sesi foi digno do melhor vôlei do mundo e ainda teve uma despedida emocionante. A segunda partida da melhor de três da semifinal foi a última do central André Heller, que após quatro anos defendendo Campinas, se aposentou. O Brasil Kirin foi derrotado no tiebreak com parciais de 21/15, 21/19, 17/21, 17/21 e 15/9 e se despede da Superliga com a melhor campanha de sua história. O Sesi irá enfrentar o Cruzeiro na decisão no próximo dia 13.Uma partida alucinante, repleta de ralis emocionantes e com direito a muita superação e show da torcida. Com 2.400 pessoas no Taquaral, o Brasil Kirin começou sentindo um pouco a força do Sesi, mas em nenhum momento deixou o adversário abrir grande vantagem. A briga foi ponto a ponto, até o time da Capital fazer 15/13. O Brasil Kirin teve uma sucessão de quatro erros que permitiu ao Sesi fazer 21/15. As equipes continuaram forçando o saque e a briga foi equilibrada até 18/18. Na hora ‘h’, a experiência de decisão do Sesi falou mais alto e o time de Marcos Pacheco abriu 2 sets a 0 no jogo (21/19).Na primeira parada técnica do terceiro set, 7/3 a favor dos donos da casa. Na segunda, 14/12 e o Brasil Kirin aproveitou a queda de produção do Sesi e fechou 17/21. Depois de sair em desvantagem na quarta parcial, Campinas empatou em 6/6. A partir daí, os bloqueios, os contra-ataques certeiros de Rivaldo e as bolas de meio de rede Gustavão, levaram a decisão ao tiebreak — 17/21.O Sesi de Murilo, Sidão, Lucarelli e cia não perdeu a chance de confirmar a vaga na decisão. O elenco entrou acelerado e matou a série de melhor de três da semifinal com duas vitórias (3 sets a 1 e 3 sets a 2).“Valeu a entrega do time em quadra, não saímos com o resultado esperado, mas não há dúvida de que cada um deu o melhor de si, foi muita luta”, comentou Gustavão, maior pontuador do Brasil Kirin no jogo com 15 acertos (apenas um a menos que Renan do Sesi).“Não poderíamos ter um jogo de 3 a 0 hoje (sábado), pelo grupo, pela despedida do Heller e por tudo o que fizemos na Superliga, queríamos forçar o terceiro jogo. O time foi valente, não se entregou em nenhum momento, levou para o tiebreak, mas na decisão do quinto set não conseguiu fazer o seu melhor”, analisou o técnico Alexandre Rivetti.DESPEDIDA DE ANDRÉ HELLERA vitória do Sesi e sua classificação para a decisão da Superliga acabaram ficando em segundo plano no final da partida deste sábado. Todos se renderam à despedida de André Heller.Após 24 anos dedicados ao vôlei, ele encerrou a carreira. Não estará mais em quadra, mas por tudo o que fez no esporte e pelo quanto se dedicou ao projeto campineiro nestes quatro anos, sem dúvida, o grito da torcida presente no Taquaral foi a mais pura verdade: “Será nosso eterno capitão” foi a frase vinda das arquibancadas.A emoção tomou conta do ginásio e ecoou: “Heller, Heller”. “O coração está bem, muito tranquilo. Bastante emocionado com tanto carinho e só tenho a agradecer. Tentei devolver tudo aquilo que o vôlei me deu”, disse Heller abraçado à família, a esposa Marcelle e a filha Helena.Quando questionado sobre o posto vitalício de capitão do Vôlei Brasil Kirin, ele mais uma vez mostrou a sua humildade. “Não tenho essa vaidade. Não quero ser insubstituível, outros jogadores virão e tenho certeza que esta torcida maravilhosa irá abraçá-los com a mesma força e carinho como fez comigo”, afirmou o medalhista olímpico.Os planos de Heller são de continuar atuando no esporte e, quem sabe nos bastidores do vôlei campineiro.

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