MEDALHA À VISTA

Brasil é favorito ao ouro no futebol feminino

Time do técnico Vadão entra em campo neste sábado, às 19h30, para decidir o título com a Colômbia

Renata Rondini, de Toronto
renata.pioli@rac.com.br
24/07/2015 às 19:43.
Atualizado em 28/04/2022 às 17:27

A Seleção Brasileira de Futebol Feminino vai atrás do ouro neste sábado (25) (Divugação/CBF)

A conquista de uma medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto pode adoçar a sensação amarga que a eliminação precoce no Mundial de futebol feminino (ainda nas oitavas de final) deixou na Seleção Brasileira. E o Brasil entra em campo neste sábado (25), às 19h30, para decidir o título com a Colômbia, na condição de favorito. Para o técnico Oswaldo Alvarez, o Vadão, que assumiu há pouco mais de um ano o projeto de preparar o time feminino para a Olimpíada Rio 2016, uma conquista no Canadá comprovará a evolução do trabalho.“Ficou um gosto amargo do Mundial, pois entendíamos que estávamos preparados para chegar mais longe. E o Pan foi uma coisa muito boa que aconteceu conosco porque é a chance de mostrar que o trabalho está indo bem. Das últimas oito partidas que jogamos, entre Mundial e Pan-Americano, vencemos sete. Essa decisão é uma boa chance de mostrar para as pessoas que estas garotas estão fazendo um trabalho muito sério e que seria muito bom que elas tivessem um apoio também após a Olimpíada”, comentou o treinador.Após 20 anos no comando de equipes masculinas no Brasil e Japão, Vadão garante que não abre mão das meninas por nenhuma outra proposta. “O dia que encerrar meu ciclo aqui na Seleção Feminina, eu volto ao futebol masculino. Até pela minha faixa salarial, no Brasil, não há clubes no feminino que conseguem pagar. Mas só saio se me mandarem embora. O combinado com o presidente da CBF é até a Olimpíada Rio 2016”, comentou.Vadão garante que aprendeu a lidar com as mulheres e destaca o grau de dedicação de suas atletas. “Elas são muito dedicadas. Pelo fato de não haver estrutura no País para o futebol feminino e estas meninas serem orientadas muito tarde, então elas tentam superar o tempo perdido de orientação correndo atrás agora. Principalmente na questão tática. A maioria não teve base alguma, elas começaram a ter essa base aos 16, 17 anos, enquanto um garoto brasileiro desde os 6 anos tem. E ninguém quer ser poupada, treinam e jogam demais”.A falta de apoio e de estrutura ao futebol feminino no Brasil ainda são latentes, mas o profissional tem esperanças de que as coisas mudem ao longo dos próximos anos. Contudo, após a Olimpíada do próximo ano ainda é incerta a continuidade da seleção permanente.“A implementação desta Seleção Feminina permanente com o foco na Olimpíada mostra que a CBF entrou com tudo para levantar a modalidade. O investimento que foi feito para a gente é grande, a CBF deu um ‘start’, a Fifa está exigindo, a presidente Dilma colocou na Medida Provisória, então, esperamos que as pessoas entendam que não é apenas o futebol feminino, mas sim o futebol como um todo e que deve ser jogado pelas mulheres”, enfatizou.O treinador também cobrou comprometimento de diferentes setores com o futebol feminino nacional. “É preciso que o País abrace a causa, prefeituras e escolas incentivem a modalidade. Aqui em Hamilton, onde estamos hospedados, tem mulheres treinando futebol todos os dias na universidade, as crianças têm que ter a chance de escolher o esporte que quiserem”, avaliou o treinador.Antes do Rio-2016, a Seleção Feminina de Futebol irá disputar mais cinco amistosos com França, Nova Zelândia e Estados Unidos, e dois torneios internacionais.

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